A Justiça negou liberdade provisória ao pastor Georgeval Alves, acusado de estuprar o filho Joaquim, de três anos, e o enteado Kauan, de seis, e atear fogo no quarto em que dormiam as duas crianças, em abril de 2018. Para o juiz Tiago Fávaro Camata, a prisão de Georgeval garante a ordem pública e assegura a aplicação da lei penal, tendo em vista “a gravidade concreta dos crimes supostamente praticados”.
Na mesma decisão, o juiz também determinou as providências práticas para instauração do Tribunal Popular do Júri em que será julgado o pastor. Na última sexta-feira (24), o processo criminal foi enviado ao Ministério Público Estadual (MPES), para que órgão indique as testemunhas que serão ouvidas em plenário.
Posteriormente, os advogados de acusação Síderson Vitorino e Lharyssa Carvalho vão ser intimados, para, em seguida, ser a vez da defesa de Georgeval.
Para a acusação, “a instauração do Tribunal do Júri representa a certeza de que o pastor Georgeval será condenado e pagará pelos crimes que cometeu”.
ESHoje procurou a defesa do acusado para ter um posicionamento sobre a decisão. Assim que tivermos retorno, o texto será atualizado.
Resumo do caso:
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