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Juliana Sales, mãe de Kauã e Joaquim, pode ir a júri popular

Em sessão realizada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), na tarde desta quarta-feira (23), a desembargadora Elizabeth Lordes solicitou o retorno dos autos do processo, o que pode resultar na ida da mãe dos meninos Kauã e Joaquim, Juliana Pereira Sales Alves, a júri popular.

Ao fazer o pedido, a advogada assistente de acusação, Lharyssa Almeida, argumentou que Juliana foi omissa nas ações para evitar que o pior acontecesse aos filhos.

“Juliana defendeu Georgeval e, na audiência de instrução, revelou um sentimento íntimo. Ela pode não admitir, mas sabia porque tinha indícios do que poderia acontecer e permaneceu. Escolheu isso. Ela esqueceu de ser mãe pelo que os filhos passavam corriqueiramente. Em uma atitude desesperada, tenta se desvincular de Georgeval, o abandona e constitui nova família. Mas a vida de Kauã e Joaquim não volta, foram ceifadas de forma brutal e desumana. Que responda pelas ações e omissões. Precisa ir a júri popular”, afirmou.

Sendo assim, agora, os autos do processo serão reexaminados para que seja tomada nova decisão sobre a ida ou não de Juliana a júri popular. Inicialmente, ela chegou a ser presa, mas decisão proferida pelo juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, entendeu pela impronúncia dos crimes pelos quais Juliana era acusada e ela foi absolvida.

Também na sessão desta segunda-feira, o TJES, por unanimidade, manteve a decisão de pronuncia que leva Georgeval ao júri popular, portanto, negando o provimento.

Relembre o caso

No dia 21 de abril de 2018, um crime chocou o Espírito Santo e todo o Brasil. Os irmãos Kauã Sales Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Alves Sales, 3, foram assassinados e tiveram os corpos encontrados carbonizados dentro do quarto da casa onde moravam, em Linhares.

Inicialmente, Georgeval Alves, pai Joaquim e padrasto de Kauã, contou que acordou com o choro dos dois pela babá eletrônica e percebeu que o quarto em que as crianças dormiam estava em chamas. Ele disse que foi até o cômodo e tentou salvá-las, mas acabou queimando os pés e sendo empurrado para fora pela força do fogo.

No entanto, chamou a atenção às informações dadas por Georgeval Alves à polícia e publicamente. As lesões pelo fogo do incêndio causaram apenas machucados simples nas mãos dele, o que o levou a ser investigado. A prisão dele aconteceu no dia 28 de abril.

Porém, durante a perícia, foi identificado que o cenário era incompatível com um incêndio acidental. A cena do crime mostrou que o investigado, inicialmente, molestou as duas crianças, as agrediu após abusos sexuais e ateou fogo nas vítimas, com o propósito de ocultar os estupros.

A Justiça do Espírito Santo recebeu, no dia 18 de junho, a denúncia feita pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Linhares, contra Georgeval Alves e Juliana Sales. O MPES também pediu a prisão preventiva deles, por prazo indeterminado, pelos crimes de duplo homicídio, estupros de vulneráveis e fraude processual.

Georgeval Alves também responderá ainda pelo crime de tortura.

*Foto: Arquivo pessoal

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