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Justiça concede liberdade provisória à mãe dos irmãos Kauã e Joaquim

juliana sallesA mãe dos irmãos Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e Kauã Sales, de 6, Juliana Sales saiu da prisão na noite da última quarta-feira (30). De acordo com informações da Secretaria de Justiça do Estado (Sejus), ela foi liberada por volta de 20 horas.

Juliana havia sido presa, pela segunda vez, no dia 14 de dezembro de 2018, uma semana após conseguir liberdade provisória. Como na primeira vez, Juliana foi presa na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, e depois foi transferida para o Espírito Santo.

Já Georgeval Alves, padrasto de Kauã, e pai de Joaquim, acusado de estuprar, agredir e atear fogo nos meninos, permanece preso.

Relembre o caso

Os corpos dos irmãos Joaquim Alves Salles, de 3 anos, e Kauã Salles Burkovsky, de 6 anos, foram encontrados carbonizados, dentro de um quarto da residência onde moravam, em Linhares, na madrugada do dia 21 de abril deste ano em Linhares. Inicialmente, Georgeval Alves, pai e padrasto dos meninos, contou a um amigo da família que acordou com o choro pela babá eletrônica e percebeu que o quarto dos meninos estava em chamas. Ele disse que foi até o cômodo e tentou salvá-las, mas acabou queimando também os pés e foi empurrado para fora pela força do fogo.

Georgeval foi preso no dia 28 de abril. A prisão do pastor aconteceu por volta das 6 da manhã. Ele foi levado à 16ª Delegacia de Polícia Civil em Linhares. Segundo fontes revelaram a ESHOJE, chama a atenção as informações dadas por George à polícia e publicamente e suas lesões no corpo. Isso porque ele tem apenas machucados simples nas mãos para quem garantiu ter entrado em meio ao fogo para salvar os filhos.

A conclusão do inquérito foi apresentada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), na manhã do dia 23 de maio, em Vitória. Durante a perícia foi identificado que o cenário era incompatível com um incêndio acidental e que a cena do crime mostrou que o investigado inicialmente molestou as duas crianças e as agrediu após os abusos sexuais e ateou fogo nas vítimas, com o propósito de ocultar o abuso. Na ocasião, a polícia descartou a possível participação da esposa do pastor, Juliana Salles, no crime.

A Justiça do Espírito Santo recebeu, no dia 18 de junho, a denúncia feita pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Linhares, contra Georgeval Alves e Juliana Sales. O MPES também pediu a prisão preventiva deles, por prazo indeterminado, pelos crimes de duplo homicídio, estupros de vulneráveis e fraude processual. Georgeval responderá ainda pelo crime de tortura.

Juliana Sales foi presa no município de Teófilo Otoni na madrugada de 20 de junho. O MPES, responsável pela prisão, afirmou ter provas contundentes de que a mulher conhecia o desvio de conduta do marido, assim como os problemas com sua sexualidade e mesmo assim deixou os filhos com ele. “A omissão de uma mãe nesse caso tem valor equivalente ao crime”, explicou a promotora Raquel Tannenbaum. Por conta disso, Juliana foi acusada de homicídio qualificado, estupro de vulnerável e fraude processual.

No dia 10 de outubro, foi realizada a primeira etapa da audiência de instrução do caso, na 1ª Vara Criminal, no Centro da capital. Na ocasião, foram ouvidos o comerciante Rainy Butkovsky, de 31 anos, pai de Kauã, e a avó, Marlúcia Butkovsky. Também foram ouvidos peritos da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros, responsáveis pela investigação das causas do incêndio.

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