A greve na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) continua nesta terça-feira (16), o campus de Goiabeiras fechado e atividades paradas. No entanto, Restaurante Universitário (RU) e a Escola Experimental, que é da Prefeitura de Vitória, vão funcionar.
A base grevista se reuniu com a de professores e estudantes na noite de segunda-feira (15) no portão norte do campus de Goiabeiras para uma avaliação das atividades do primeiro dia de movimento e deliberações para hoje.
Foi reafirmado o compromisso com o acesso dos trabalhadores ao RU e dos veículos com insumos para o preparo das refeições, das 11h30 às 12h30 (para o serviço de almoço) e das 17h30 às 18h30 (para o jantar).
Com o funcionamento do RU de Goiabeiras, o fornecimento de refeições no restaurante de Maruípe também será mantido, das 11h30 às 12h30. Nos RUs dos campi de Alegre e São Mateus, o atendimento será realizado no horário normal.
Durante a Plenária, Ana Carolina Galvão, presidenta da Adufes, fez um panorama geral da reunião realizada com a Administração Central durante a tarde, listando as pautas e as principais decisões e posicionamentos da Reitoria.
Ana Carolina informou que um ônibus com mais de 40 pessoas, incluindo professores, estudantes e técnicas/os administrativos estava a caminho de Brasília para participação nos atos que serão realizados pelo conjunto dos servidores públicos federais.
Foram feitas diversas falas, desde professores da base até estudantes. O integrante do Comando de Greve. Rafael Bellan. enfatizou que as atividades do dia configuraram uma vitória, uma vez que o campus paralisado fez a sociedade reconhecer que a Ufes está, de fato, em greve. Ele diz que essa situação faz com que o poder de negociação do movimento seja maior.
O primeiro dia da greve nacional de professores, que começou segunda-feira (15), teve adesão de ao menos 21 instituições federais de ensino, entre elas a Ufes, segundo balanço do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).
A categoria exige reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% -a primeira ainda para este ano e outras para 2025 e 2026.
A Andes-SN afirmou que, além da recomposição salarial, existe a necessidade de investimentos públicos nas instituições federais de educação, diante da corrosão desses investimentos no governo passado, sob Jair Bolsonaro (PL).
Nota da Ufes:
“A Administração Central da Ufes informa que o movimento grevista dos docentes mantém o bloqueio nos portões de acesso ao campus de Goiabeiras nesta terça-feira, 16. Com isso, está impedida a entrada de pedestres e veículos no campus, à exceção dos funcionários e servidores que trabalham no Restaurante Universitário, e de servidores e alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Experimental de Vitória e seus pais, que poderão entrar no campus pelo portão Norte (localizado em frente ao Hospital Meridional). Além disso, o acesso dos trabalhadores bancários também será liberado para a realização de atividades internas.
Em reunião realizada nesta segunda-feira, 15, entre a Reitoria e representantes do comando de greve, foi definido que serão asseguradas as condições necessárias para o funcionamento do Restaurante Universitário (RU) de Goiabeiras, que abrirá das 12 às 13 horas* (para o serviço de almoço) e das 17h30 às 18h30 (para o jantar). Com o funcionamento do RU de Goiabeiras, o fornecimento de refeições no restaurante de Maruípe também será mantido, no horário das 12h às 13 horas*.
Para estudantes que forem almoçar ou jantar no RU de Goiabeiras, o acesso ao campus também será liberado no portão Norte, mediante apresentação de documento de identificação estudantil.
A Administração Central da Ufes informa que, diante da manutenção do bloqueio dos acessos, as atividades académicas e administrativas presenciais no campus de Goiabeiras seguem suspensas nesta terça-feira.
Até o momento, nos campi de Alegre, Maruípe e São Mateus os acessos estão liberados. A Administração Central da Ufes reafirma que permanece aberta ao diálogo com o comando local de greve, comprometida em conduzir este momento de paralisação de forma a minimizar ao máximo os impactos para nossos estudantes, técnicos, docentes e para a sociedade.
A comunidade será informada sobre quaisquer medidas que precisarem ser adotadas em função do movimento”.