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Com professores em greve, portões da Ufes amanhecem fechados

Começou nesta segunda-feira (15) a greve nacional de professores, com adesão dos docentes da Ufes. Em Vitória, o campus da Universidade em Goiabeiras amanheceu com os portões fechados.

Um Ato Político está programado para acontecer às 8h no portão norte do campus de Goiabeiras. Às 10h, segundo a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes), será realizada uma reunião com o Reitor da Ufes, Eustáquio de Castro, no prédio da Administração Central da Universidade, quando serão debatidos temas relacionados ao movimento e a defesa da suspensão do calendário acadêmico, evitando que estudantes tenham fragmentação das disciplinas em andamento.

Haverá atividades de mobilização durante todo o dia, em diversos locais, incluindo aulões públicos abertos, panfletagem, atividades culturais, entre outras. Às 18, novamente no portão norte, será realizada uma Plenária de Balanço do dia.

Em todo o país, universidades (docentes) e institutos federais (docentes e técnicas/os administrativos) estão deflagrando greve neste início do mês de abril. Técnicas/os administrativos das universidades já estão paralisados desde março.

Em pauta nacional unificada, os docentes pedem reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026.

Em nota, a Administração Central da Ufes afirma que, devido à greve dos servidores técnico-administrativos, iniciada no mês de março, e a dos professores, deflagrada nesta segunda-feira, 15, os portões de acesso ao campus de Goiabeiras foram bloqueados pelo movimento paredista, estando impedido o acesso para veículos e pedestres. Em virtude disso, todas as atividades presenciais do campus de Goiabeiras estão suspensas nesta segunda-feira.

“Em reunião realizada na semana passada com a diretoria da Adufes, na qual também se conversou sobre a paralisação, em nenhum momento a gestão da Universidade foi comunicada sobre esta ação, que prejudica não só a circulação dentro do campus, mas também impede, por exemplo, o funcionamento do Restaurante Universitário, em Goiabeiras, o fornecimento de refeições para o campus de Maruípe, e demais serviços, como agências bancárias, cantinas etc”, afirma a Universidade.

Para a manhã desta segunda-feira, de acordo com a Ufes, estava agendada uma nova reunião com representantes da Adufes, que aconteceria na sala de reuniões da Reitoria. Entretanto, diante desta ação do comando de greve, a reunião está suspensa.

“À comunidade universitária e à comunidade em geral, a Administração Central da Ufes afirma que reconhece a legitimidade do movimento e das pautas apresentadas pela categoria em nível nacional, mas atuará para que, durante a paralisação, o processo seja conduzido de forma a minimizar ao máximo os impactos para nossos estudantes, técnicos, docentes e para a sociedade. A Administração Central da Ufes reafirma que dará sequência ao diálogo com o comando local de greve e manterá a comunidade universitária informada.

Negociação

Diante da greve, o governo cedeu, aceitou negociar com os grevistas e falou em antecipar benefício. O presidente, Lula, acenou aos servidores federais com o aumento de benefícios a partir de 1º de maio e a instalação de novas mesas específicas de negociação até julho, tirando o foco do debate sobre um reajuste linear ainda em 2024.

Assembleia

A Adufes anunciou, na noite do dia 9 de abril, que os professores da Ufes aderiram a greve nacional. A deflagração foi aprovada em assembleia geral da categoria realizada na sede da Adufes, no campus de Goiabeiras.

De acordo com a Adufes, a proposta inicial que estava na pauta indicava o início do movimento na próxima segunda-feira (15) venceu com 123 votos. Outra proposta, que previa permanecer em estado de greve sem data para deflagração, obteve 65 votos. Houve duas abstenções.

A primeira tesoureira do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), Jennifer Susan Webb, compôs a mesa junto com a presidente da Adufes, Ana Carolina Galvão, que a presidiu, e a secretária-geral do Sindicato, Andréa Dalton.

Greve também no IFES

Os professores da Ufes se juntam aos servidores do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), que estão em greve desde o dia 9 e por tempo indeterminado. A greve é para todos os campi da instituição de ensino no Estado.

A categoria reivindica uma recomposição salarial de 53,17% para os Técnicos Administrativos em Educação (TAE) e 39,92% para os professores, tomando como base as perdas registradas na última década. A proposta do Governo Federal, até o momento, é não haver reajuste em 2024, 2,5% em 2025 e mais 2,5% em 2026.

 

Além disso, os servidores pedem a reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e de professores, a revogação de “todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro”, recomposição do orçamento e o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.

Em nota, o Ifes afirma que respeita o direito de greve e reitera à sociedade que a deflagração do movimento grevista é uma decisão coletiva, da categoria profissional, definida em assembleia organizada pela entidade sindical.

Segundo a instituição, a adesão à greve corresponde ao posicionamento individual de cada servidor. Logo, a decisão sobre a paralisação ou não das atividades nas unidades e na Reitoria do Ifes não é de competência institucional e poderá haver diferentes percentuais de adesão ao movimento em cada campus.

 

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