Dólar Em baixa
5,105
18 de maio de 2024
sábado, 18 de maio de 2024

Vitória
25ºC

Dólar Em baixa
5,105

Eunício diz que muito dificilmente PL das distribuidoras será votada essa semana

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), disse nesta segunda-feira, 8, ao Broadcast, que muito dificilmente a Casa irá votar nesta semana o PLC 77/2018, que destrava o processo de privatização das distribuidoras da Eletrobras. Antes do primeiro turno das eleições, o vice-líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), defendia que a matéria fosse votada no primeiro esforço concentrado do Senado após o primeiro turno das eleições, ou seja, a partir desta terça-feira, 9.

A aprovação desse projeto de lei que resolve pendências da distribuidora Amazonas Energia, da Eletrobras, e é fundamental para que seja possível privatizá-la até o fim deste ano. Mas a derrota nas urnas de alguns dos principais líderes do MDB pode atrapalhar os planos do governo do presidente Michel Temer. Eunício Oliveira, inclusive, não foi reeleito e só ficará no cargo até o fim de janeiro de 2019. Mais cedo, ele divulgou um comunicado no qual anuncia que irá “recolher-se à vida pessoal”.

A União já conseguiu vender as distribuidoras do Piauí, Acre, Roraima e Rondônia. Em relação à Ceal, ainda falta resolver um impasse no Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito de um ressarcimento a que o Estado de Alagoas acredita ter direito. Para a Amazonas Energia, no entanto, é necessária a aprovação do projeto de lei no Senado, pois é preciso de um ato legal para dar segurança a investidores a respeito das dívidas bilionárias da companhia, que ficarão com a holding. Se for aprovado sem alterações no Senado, ele entra em vigor assim que for sancionado pela Presidência da República.

O leilão da Amazonas Energia está marcado para o dia 26 de outubro. Na tentativa de evitar conflitos com os senadores em meio ao processo eleitoral, o governo aceitou deixar a votação do projeto de lei para depois do primeiro turno. O problema é que as eleições derrotaram peças fundamentais para concretizar esse plano.

Contra o governo, está a possibilidade de um quórum baixo na sessão de terça-feira, 9, que impeça a votação da medida provisória e do projeto de lei. Além de Eunício, Romero Jucá (MDB-RR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lindbergh Farias (PT-RJ) não terem sido reeleitos, outros senadores ligados ao setor elétrico também foram derrotados nas urnas. É o caso dos senadores Valdir Raupp (MDB-RO) e Edison Lobão (MDB-MA), que costumam usar sua influência política para fazer indicações ao setor, principalmente para subsidiárias da Eletrobras.

Caso o projeto seja aprovado no Senado com modificações em relação ao texto da Câmara, ele teria que ser votado novamente pelos deputados. Na Câmara, no entanto, a resistência dos deputados é menor à proposta.

Reformas

Outro tema que deve voltar a ser discutido no Congresso é a reforma da Previdência. Sobre o assunto, Eunício disse hoje que também não irá pautar a medida de ofício. No domingo, ele já havia adiantado que não concorda com a apreciação da pauta sem o aval do novo presidente da República.

“Reforma da Previdência não é para tirar direitos de pobres, não é para tirar o BPC (Benefício de Prestação Continuada). Não posso aceitar que o mercado dirija os rumos da nação. Não conheço esse mercado, não recebi votos dele”, criticou. “Eu acho que a reforma deve ficar para o próximo presidente e esse presidente (eleito) tem de botar a cara, dizer o que ele quer e para que ele veio”.

Renan Truffi e Anne Warth
Estadao Conteudo
Copyright © 2018 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.

Você por dentro

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Escolha onde deseja receber nossas notícias em primeira mão e fique por dentro de tudo que está acontecendo!

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais Lidas

Notícias Relacionadas