Dólar Em baixa
5,105
18 de maio de 2024
sábado, 18 de maio de 2024

Vitória
24ºC

Dólar Em baixa
5,105

Majeski propõe tornar público uso da Residência Oficial do Governo

residencia oficialDemocratizar o uso do espaço público. Esse é o principal objetivo do deputado estadual Sergio Majeski (PSDB), ao protocolar o projeto de Lei 216/2017 que, se aprovado, extinguirá a Residência oficial do Governo do Estado, devolvendo o espaço à população capixaba.

Em tempos de cobrança da sociedade para que o dinheiro público seja bem utilizado, segue sendo um absurdo que a própria tenha que arcar mordomias para seus governantes, como ressalta Majeski. “É surreal que o cidadão continue a custear mordomias da classe política enquanto são reduzidos os investimentos em educação, saúde e segurança pública. O povo sustenta o Estado com o pagamento de impostos e mordomias, mesmo para aqueles que recebem remuneração bem acima da média da maioria da população, e vê seu poder aquisitivo ser reduzido com a crise econômica e política pelas quais passamos“, disse.

Embora seja chamada de Residência do Governo do Estado, tanto o atual governador Paulo Hartung, quanto o anterior Renato Casagrande, nunca viveram no local durante os mandatos, utilizando o espaço apenas para realização de eventos e eventuais compromissos de agenda. Mesmo sem uso frequente, as propriedades oficiais custam milhões aos cofres públicos, totalizando R$ 3 milhões apenas com a manutenção do Palácio Anchieta, Fonte Grande e a Residência Oficial, como traz o Portal da Transparência.

“O Estado dispõe do Palácio Anchieta, atual sede do governo, onde existem plenas condições de habitação e para a recepção de autoridades. Mesmo que as condições para moradia não fossem suficientes, o governador do Estado deveria custear estas despesas com recursos próprios, da mesma forma que o restante da população faz. É incompatível com a realidade de crise e do ajuste fiscal implantado no Espírito Santo que se mantenham despesas deste cunho”, afirmou o parlamentar.

Além da reocupação do imóvel, o projeto traz ainda a possibilidade de redemocratização do espaço público ao devolver aos capixabas a possibilidade de utilização da praia local, que tem o acesso impedido tanto por mar, quanto por terra.

O que diz o projeto
O projeto prevê que o imóvel seja destinado à fins de interesse público, como atividades culturais, além de proibir expressamente a venda do mesmo. Após o término dos contratos vigentes – como serviços de hotelaria, cozinha, arrumação, lavanderia e recepção predial -, os gastos do governo só poderão ser os de manutenção, conservação e segurança patrimonial, até que seja dado uso público ao local.

Além disso, deve ser garantido o uso público da praia existente na propriedade, em conformidade com Atualmente, não há como acessar a praia nem por terra e nem por mar, contando o imóvel com uma forte segurança policial. O Palácio Anchieta passará a ser, novamente, a Residência Oficial, assim que a Lei entrar em vigor.

Residência Oficial
A Residência Oficial do Governo na Praia da Costa foi criada no ano de 1929 pelo Interventor do Estado, Doutor João Punaro Bley, que desapropriou o loteamento onde antes havia a “Fazenda da Costa”, criada em 1535 nos primórdios da Capitania Hereditária do Espírito Santo pelo donatário Vasco Fernandes Coutinho. Os anos passaram e consigo trouxeram à tona discussões quanto à restrição dos benefícios concedidos aos agentes políticos e quanto à necessidade de bom uso do dinheiro público.

Você por dentro

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Escolha onde deseja receber nossas notícias em primeira mão e fique por dentro de tudo que está acontecendo!

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais Lidas

Notícias Relacionadas