Dólar Em alta
5,073
6 de maio de 2024
segunda-feira, 6 de maio de 2024

Vitória
28ºC

Dólar Em alta
5,073

Hipertensão: cada vez mais jovens apresentam problemas de pressão alta

Algumas pessoas sentem dor de cabeça, outras percebem um zumbido nos ouvidos, e há aqueles que não sentem nada. Por conta disso, é preciso ter atenção aos sinais da hipertensão, uma doença perigosa que pode ser controlada com medicação, mas quando é assintomática, pode ser fatal. 

No Dia Mundial de Combate à Hipertensão (celebrado em 26 de abril), especialistas da clínica Cardiodiagnóstico alertam que o principal desafio é conscientizar as pessoas sobre a importância da melhora do estilo de vida e do início do tratamento, antes mesmo do surgimento dos sintomas, uma vez que a pressão arterial elevada provoca lesão na parede dos vasos sanguíneos. 

Maus hábitos como o sedentarismo e a alimentação inadequada fazem com que o problema afete pessoas cada vez mais jovens, cerca de 35% da população do país, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Além de ser responsável por até 80% dos casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e de até 60% dos infartos, a doença também pode provocar insuficiência renal e perda de visão. 

“Somos capazes de permanecer por longos períodos sem apresentar nenhum sintoma relacionado à elevação da pressão arterial. O problema é que o surgimento dos sintomas normalmente ocorre quando nossos mecanismos de adaptação já apresentam fragilidades, sendo esses sintomas habitualmente já decorrentes de complicações circulatórias graves e em órgãos muito nobres: coração, cérebro, rins e olhos. Por isso é tão importante que não se espere por sintomas para iniciarmos o tratamento”, explica o cardiologista Bruno Ceotto. 

Uma pessoa é considerada hipertensa quando a sua pressão arterial apresenta valores iguais ou acima de 14 por 9 (140mmHg X 90mmHg). Para além da genética e do avanço da idade, a condição é o resultado da combinação de vários fatores ligados ao estilo de vida. Entre os principais, estão: sedentarismo, obesidade, exageros no uso de sal e de alimentos processados, uso abusivo de álcool e sono de má qualidade. 

É por isso que, segundo Bruno Ceotto, a pressão alta vem acometendo cada vez mais pessoas jovens. O crescimento da taxa de mortalidade por hipertensão foi acentuado a partir de 2020, quando passou de 12,6 óbitos por 100 mil habitantes em 2019 para 17,8 no ano seguinte. Por outro lado, a mudança do estilo de vida pode trazer melhoras significativas à saúde dos hipertensos. 

“Quando a pressão está discretamente elevada e o paciente está motivado a melhorar os hábitos alimentares e a iniciar a prática de esportes, podemos aguardar o efeito destas medidas antes da medicação. Contudo, para valores mais elevados da pressão ou mesmo para pacientes pouco dispostos a mudar de hábitos, o uso da medicação é necessário”, detalha o cardiologista André Cogo Dalmaschio. 

Atividades físicas

Fazer exercícios físicos diminui o percentual de gordura corporal, auxilia nos níveis de colesterol e glicemia, fortalece a estrutura óssea e muscular e melhora a condição cardiovascular das pessoas. É por esse motivo que, segundo André, “hipertensos não só podem, como devem praticar atividades físicas”. 

“Para reduzir o risco de complicações como infarto do miocárdio e AVC e para auxiliar no controle da pressão. As recomendações principais envolvem iniciar atividades de maior intensidade apenas quando o controle da pressão estiver otimizado e passar pela avaliação do cardiologista para receber orientações específicas, de acordo com as comorbidades associadas. Arritmias, problemas de válvulas ou dilatação da aorta exigem cuidados especiais”, alerta o cardiologista.

Você por dentro

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Escolha onde deseja receber nossas notícias em primeira mão e fique por dentro de tudo que está acontecendo!

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais Lidas

Notícias Relacionadas