Em tempos de pandemia e isolamento social, o virtual passou a ser essencial. Do trabalho, às aulas, do lazer ao refúgio. Entretanto, a psicanalista Kelly Lopes explica que a utilização em excesso das redes sociais pode causar riscos à saúde mental.
Segundo a especialista, a sociedade atual tem uma necessidade de mostrar a “felicidade” vivenciada em cada publicação, não mostrando, também, os momentos ruins. “Com a pandemia esse tempo de uso aumentou consideravelmente e, com certeza, acabou potencializando ansiedade e frustrações”, afirma.
Para Lopes, as redes sociais têm colocado pessoas de todas as idades em estado constante de comparação da vida do outro, o que acarreta grande frustração.
Kelly Lopes explica que isso acontece porque as pessoas acabam comparando as publicações em redes sociais com a própria vida, aumentado o consumo pela exposição contínua.
Para evitar a dependência, a psicanalista afirma que é importante desativar as notificações e colocar o celular fora de alcance de quando estiver em casa.
“Vejo pessoas caminhando no calçadão conversando no celular e deixando de desfrutar deste momento de higiene mental e física. Muitos estão colocando as redes sociais como parte diária da vida o que acaba em alguns momentos confundindo a realidade e a fantasia”.
Tempo ideal de uso
Para a especialista, as pessoas estão adoecidas pela falta do convivência social e acabam tendo uma “ ilusão “ de que conectadas estão socializando, mas é preciso desfrutar do ócio para descanso mental e aprender a lidar com o tempo real, assim, diminuindo o nível de ansiedade.
“É preciso ter muita disciplina, as redes sociais devem ser utilizadas para distração e conhecimento breve acerca de alguns assuntos. 1 hora por dia é o suficiente para esse tipo de distração”, orienta.