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Dia do Comerciário: Covid-19 e demissões impactaram trabalhadores do setor

Neste sábado (30) é Dia do Comerciário, data destinada a uma categoria de serviço essencial duramente afetada pela pandemia de Covid-19. Muitos estabelecimentos fecharam as portas e reduziram a mão de obra, provocando um grande volume de demissões e redução de salários. 

Durante a crise sanitária, os trabalhadores do setor não foram incluídos no grupo prioritário da vacinação contra a Covid-19 no Plano Nacional de Imunização (PNI). Dessa forma, receberam as doses de acordo com o critério geral de idade.

O presidente do Sindicato dos Comerciários do Espírito Santo (Sindicomerciários), Rodrigo Rocha, explica que houve tentativas de inclusão no grupo, mas sem sucesso. “Faltou justamente sensibilidade por parte do governador Renato Casagrande, justo para com uma das categorias profissionais que mais se expuseram à Covid e que nunca parou, para não desabastecer de gêneros alimentícios a população capixaba”, lamenta a exclusão.

O setor lojista do comércio de rua foi o mais afetado pela crise sanitária, e consequentemente o que mais demitiu. De acordo com o sindicato, dados extraoficiais apontam que mais de 17 mil comerciários capixabas foram demitidos em todo o estado desde o início da pandemia até o primeiro semestre deste ano.

De acordo com o Sindicomerciários, foram desenvolvidas ações solidárias, como a distribuição de mais de 2 mil cestas básicas e 3 mil cartões de compras aos comerciários sindicalizados e seus familiares. “Também atuamos fortemente com o nosso Jurídico para reverter demissões”, lembrou Rocha.

Empregabilidade

Dia do Comerciário: Covid-19 e demissões impactaram trabalhadores do setor
Apesar de estabilidade, contratações no setor dependem de melhora econômica (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O sindicato afirma que, atualmente, a ocupação dos postos de trabalho no comércio se estabilizou, sem grandes movimentos de contratações ou demissões. Passado o período mais crítico, os olhos do setor se voltam para o final do ano.

Para o período de festas, especialmente o Natal, a expectativa é que as contratações temporárias ganhem espaço. A Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio-ES) estima que 2 mil vagas sejam criadas para a data, sendo 60,7 mil preenchidas por vendedores e 15,2 mil por operadores de caixa. 

Contudo, para Rocha, o questão da empregabilidade é estrutural. “A retomada das vagas no comércio através de contratações temporárias ou sazonais jamais irá reparar as vidas perdidas ou irá garantir um ambiente de pleno emprego, uma vez que o desemprego no país é estrutural”, observa.

O presidente do sindicato acrescenta que o nível de contratações formais dificilmente retornará aos níveis pré-pandemia devido à crise econômica e à falta de planejamento. “O problema agora já não é nem mais a crise sanitária, mas a econômica: não há ambiente por contratação pela retração da economia. Isso porque não parte do Governo Federal nenhum tipo de política pública voltada à geração de emprego”, critica a gestão.

Foto em destaque: Divulgação/PMCI

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