A pandemia de Covid-19 que já dura há um ano e 5 meses gerou inúmeras incertezas no mercado econômico nacional e estadual, resultando em um aumento inflacionário nos últimos meses.
O Brasil tem uma previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, de 6,79 % de 2021. Para 2022, a estimativa inflacionária é um pouco menor, de 3,81%.
No Espírito Santo há um acumulo inflacionário de 12,8% , os dados foram divulgados em junho deste ano pelo Instituto Jones dos Santos Neves. Com o aumento dos preços muitas pessoas tiveram que adiar planos pessoais.
Abrir seus negócios, mudar de casa ou até mesmo investir mais dinheiro foram adiados em nome da sobrevivência.
De acordo com a doutora em economia Arilda Teixeira a atual conjuntura é o momento de cautela nos investimentos bem como de diminuir gastos domésticos. “É preciso ser racional, é preciso neste momento para minimizar o impacto da inflação, que as pessoas escolham melhor o que vão comprar e que comprem somente o necessário, sair organizado sobre o que precisa comprar para não se desviar”, afirma.
O indicador que mede o endividamento das famílias de Vitória registrou que cerca de 80 mil famílias do município alegavam estar endividados durante a pandemia. Porém, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES) em 2021 ainda assim o consumo dos capixabas em produtos não essenciais aumentou em relação ao ano de 2020.
Solução para inflação
Para Arilda, a inflação é primordialmente um problema de gestão econômica, contudo, o problema sanitário agravou a situação econômica já instável no país, devido resposta econômica adequada.
“A origem dos nossos problemas econômicos está nos erros que o ministério da economia teve, reagiu de forma tardia e inadequada não conseguindo controlar as expectativas geradas pela crise. Vivemos um momento de aumento de custo de vida e baixa nas atividades econômicas”, pondera.
Neste sentido, a economista acredita que o avanço da vacinação nos estados seja a resposta para recuperar os danos econômicos gerados pela pandemia.
“O cenário só vai evoluir quando tiver a imunização da maior parte da população, que é o grande entrave econômico no momento. A partir deste controle a atividade econômica vai retornar normalmente com a contratação de mão de obra. O momento atual é de observar a reação do mercado e de ter cautela”, ressalta.
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