Além de influenciar diretamente a vida de mais de 3,5 mil pessoas, os acidentes ocorridos nos trechos capixabas das rodovias federais em 2017 custaram aos cofres públicos mais de R$ 400 milhões. Ainda sim, o valor gasto caiu 12% em relação ao ano anterior.
Os números são resultados de relatório detalhado dos acidentes registrados pela Polícia Rodoviária Federal no ES, que foi divulgado nesta terça-feira (23), tendo como base os valores referências apurados no último levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), atualizados monetariamente pelo IPCA.
De acordo com o estudo, os custos gerados pelos 2.986 acidentes registrados nas BRs 101, 259, 262, 393, 447, 482 e 484 alcançaram a quantia de R$ 426,26 milhões no ano passado, mais de R$ 58 milhões a menos que em 2016.
O resultado do relatório aponta que o custo relativo às pessoas envolvidas em acidentes – 3.401 feridos e 201 mortos – foi de R$ 294,4 milhões, o que representa quase 70% do total. O documento destaca que os números foram considerados atípicos devido a três graves acidentes, onde foram vitimadas 40 pessoas. O valor engloba despesas hospitalares, de atendimento e tratamento de lesões, além de remoção de vítimas.
Gastos por rodovia
Mais uma vez, a BR 101 foi a campeã nos gastos: 74% do valor comprometido por acidentes, o equivalente a R$ 315,4 milhões, foram utilizados em acidentes ocorridos no trecho dessa vida que corta o Estado. Na BR 262, o percentual foi de 19%. Os outros 7% (R$ 30.174.060,54) foram utilizados nas demais rodovias.
Por cidade
O estudo traz também as cidades capixabas que concentraram os acidentes com maiores custos em todo o Estado. Em primeiro lugar ficou Serra, aonde se gastou R$ 68,8 milhões, seguido de Cariacica, Linhares, Viana e Guarapari, cujos custos chegaram a R$ 41,3, milhões, R$ 34,2 milhões, R$ 27 milhões e R$ 23,8 milhões, respectivamente.