No cenário socioeconômico recente, onde vivenciamos uma crise sanitária sem precedentes, a importância dos bancos públicos voltou a ser percebida. Seja pela sua capacidade de mobilização, oferecendo soluções para mitigar os impactos econômicos, como também por apresentar alternativas para alavancar o novo ciclo de desenvolvimento, fundamental para a sustentabilidade no pequeno, médio e longo prazos. Uma das locomotivas desse processo, buscando incrementar as políticas públicas de desenvolvimento no Espírito Santo, tem sido o banco de desenvolvimento estadual.
O Espírito Santo é um dos poucos entes da federação que possuem um banco de desenvolvimento exclusivo para chamar de seu. Um dos principais agentes da política de desenvolvimento regional capixaba, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) é responsável por dar soluções às ações destinadas ao estímulo ao desenvolvimento regionalmente equilibrado planejadas pelo seu acionista majoritário, o Governo do Estado. A alta demanda atendida pela equipe do banco, dando acesso ao empresariado ao Fundo de Proteção ao Emprego é um marco, mas não é o único produto oferecido à sociedade.
O destaque do Fundo, com R$ 250 milhões, disponíveis para socorrer a economia do Estado tem uma importância simbólica. Comparativamente, o Estado de São Paulo, com o maior PIB do Brasil, destinou a um fundo similar de reestruturação econômica R$ 200 milhões. Mas a atuação de um banco de desenvolvimento vai além do crédito emergencial.
A discussão sobre o incentivo às atividades econômicas, com o incremento de políticas de desenvolvimento regional, voltou à cena na década passada depois de ter ficado “adormecida”. O debate foi facilmente superado: cabe ao banco de desenvolvimento a lapidação de soluções criativas e a descoberta de novos caminhos para o crescimento da economia do nosso Estado.
Em toda a sua história, o Bandes tem exercido papel relevante no processo de desenvolvimento do Estado, contribuindo para a formulação e execução de políticas de fomento dos setores produtivos capixabas. Nos anos 60 e 70, a instituição foi ativa no processo de industrialização, no incentivo ao comércio exterior, hoje, uma das atividades mais consolidadas no Estado. Na década seguinte, os anos 80, foi a vez da instalação das grandes plantas industriais no Estado.
Ao longo do tempo, o banco vem se adaptando às exigências de cada fase da evolução da economia estadual, procurando se ajustar às necessidades de transformação, dinamização e diversificação de setores e regiões. A criação de um ambiente de investimento no interior é uma prioridade do banco, respeitando as potencialidades locais e dando condições para que empresas de fora da Grande Vitória tenham crescimento econômico. Assim, o Bandes contribui para a geração de emprego e de renda nos municípios do interior do Estado.
Com toda essa expertise, o banco busca agora um reposicionamento, um novo patamar de atuação. As ações planejadas para o novo ciclo vão além da disponibilidade do crédito às empresas, com geração de emprego e renda. O banco se aprofundará nas iniciativas estratégicas para a política de desenvolvimento do Governo do Espírito Santo, como o programa de concessões e parcerias, incluindo a prestação de serviços aos municípios, e a ampliação de recursos para a inovação e a disponibilidade de Fundos de Investimentos, por exemplo.
A necessidade de interiorização do trabalho e democratização do crédito são premissas para levar os produtos e serviços da instituição em todos os lugares. Outra questão é a ampliação do diálogo com os setores econômicos, interiorizando novas ações para o incremento do nosso desenvolvimento capixaba.