A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), prendeu Homero Vieira de Almeida, apontado como líder de uma organização criminosa que aplicava golpes em pessoas interessadas em comprar armas de fogo e obter o porte de arma de fogo. A prisão aconteceu durante a Operação Apate.
Segundo as investigações, Homero agia com a esposa, Mayra dos Santos Silva, e mais um comparsa, Diego Conceição Diodato, se passando por delegado da Polícia Federal ou por representante de fábricas italianas de armas de fogo. As investigações demonstraram que o grupo criminoso movimentou mais de R$ 800 mil em menos de um ano.
Os levantamentos também indicam que os suspeitos forneciam dados de vítimas para outros criminosos, obtinham empréstimos fraudulentos, realizavam sorteios e rifas ilegais de armas de fogo. Além disso, segundo a polícia, eles planejavam um roubo a banco no Estado.
O primeiro a ser preso foi Diego Conceição. Ele estava com Homero em uma agência bancária e tentavam sacar uma quantia em dinheiro que chamou a atenção dos funcionários do banco.
“Recebemos um chamado do banco de que duas pessoas estavam tentando sacar um valor que tinha indícios de golpe. Policiais foram até a agência e levaram o Diego para a delegacia. A partir daí, demos início à investigação”, declarou o titular da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa) na época da investigação, delegado Alan Andrade.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, os tipos de crimes cometidos por Homero surpreenderam até mesmo os policiais. “O estelionatário, quando é um psicopata bem construído, age dessa forma. Difícil é fazer com que encontre rastros do seus crimes e conseguir a prisão. Isso foi muito bem feito pelo Deic e ele está preso”, disse.