O número de pessoas fora de casa devido as chuvas que castigam o sul do Espírito Santo chegou a 1.625 às 17h13 desta segunda-feira (20), informou a Defesa Civil estadual. Seis óbitos estão confirmados.
São 1.547 desalojados e 78 desabrigados, ao todo. O número é quase quatro vezes maior que o balanço emitido as 11h13, quando havia 324 desalojados e 102 desabrigados.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Espíritos Santo (CBMES), o número aumentou consideravelmente após vistorias nas casas.
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Até o momento, a situação mais grave é em Vargem Alta, com 941 desalojados e 52 desabrigados, seguido por Alfredo Chaves (450 desalojados), Anchieta (92 desalojados), Iconha (55 desalojados e 22 desabrigados) e Rio Novo do Sul (9 desalojados e 4 desabrigados). Todos estão sendo encaminhados para a abrigos nas respectivas regiões.
Três pessoas seguem desaparecidas em Iconha e uma está ferida, em Alfredo Chaves. De acordo com o tenente-coronel Wagner, do Corpo de Bombeiros, há boatos de mais mortes, sendo, até o momento, seis o número de óbitos confirmados. Porém, mesmo sendo considerados boatos, os casos estão sendo investigados.
“Nossas equipes estão nessa localidade. Outro boato, mas que foi confirmado, são de quatro carros no Vale do Obóro, entre Piúma e Iconha. Com o sobrevoo do Núcleo de Operações e Transportes Aéreo [NOTAer] foi identificado. Nossas equipes fizeram a escavação e uma vistoria em um carro e não tinham vitimas”, pontuou.
Até a tarde desta segunda-feira (20), faltavam ser vistoriados os outros três carros que estavam no Vale. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, os carros foram encontrados na lama por conta da água que abaixou, facilitando a localização.
“Agora, nossas equipes estarão em um trabalho durante a noite para identificar os próximos três carros e extinguir a possibilidade de vítimas nesses veículos”, disse o tenente-coronel Wagner.
Ainda de acordo com o tenente-coronel, há previsão de chuva, para o resto da semana, com mais de 77 mm nesta segunda-feira (20).
As equipes do Corpo de Bombeiros já se encontram nesses locais de alerta em vigência. “As áreas de risco já estão bastantes afetas e qualquer chuva que caia agora é preocupante, e pelos centros de meteorologia há chuva em torno de 200 mm e 330 mm até quarta-feira [22 de janeiro]. Estamos cada vez mais em campo com as nossas equipes para intervenções imediatas”, ressaltou Wagner.