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Greve no Hospital Jayme é suspensa após liminar da justiça

Greve no Hospital Jayme é suspensa após liminar da justiça
Trabalhadores protestaram em frente ao Jayme. referência no tratamento de Covid-19 no Estado. Foto: Sitaen-ES

Acatando uma decisão liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES), o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sitaen-ES) decidiu suspender a greve prevista para começar no Hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, nesta terça-feira (9).

A greve também se estenderia aos técnicos e auxiliares de enfermagem do Evangélico, em Vila Velha, e Maternidade de Cariacica. O Sitaen-ES disse que foi notificado sobre a decisão na última segunda-feira (8), que vai recorrer da decisão e que também ingressou com uma ação solicitando o julgamento de dissídio coletivo.

O pedido deve ser relatado pelo desembargador do caso e julgado pelo pleno do Tribunal Regional do Trabalho. Os profissionais alegam, entre os principais pontos para a greve, baixos salários, demissões de profissionais, falta de reajuste e Equipamento de Proteção Individual (EPi).

Histórico

Os trabalhadores entraram em estado de greve no dia 26 de maio. Por duas vezes, houve tentativas de negociações com a Associação Evangélica Beneficente Espírito Santense (AEBES), que administra o hospital, intermediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e acompanhada pelo governo do estado.

Segundo o Sitaen-ES, o movimento paradista é resultado do não avanço do acordo coletivo de trabalho.  “Em negociação de acordo coletivo entre o Sitaen-ES e a Associação que administra o hospital, intermediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e acompanhada pelo governo do estado, a empresa ofereceu aumento de 3%. O valor está bem abaixo da inflação acumulada do ano passado que foi de 4,3%”, disse em nota, no dia 26.

Em um dos encontros, no dia 29 de maio, o Sindicato disse que reforçou os pedidos da categoria que não foram atendidos. A proposta da empresa será apresentada aos trabalhadores. Se a decisão for paralisar as atividades, a categoria vai decidir como vai ser o movimento em deliberação na Assembleia Geral, em meio ao protesto segunda segunda.

A categoria diz que não foi atendida nas reclamações sobre falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, o alto índice de profissionais infectados pela Covid-19, diversas demissões de técnicos que estão no grupo de risco, entre eles pessoas com mais de 60 anos e prestes a se aposentar, sobre o corte de pagamento de benefícios como feriado em dobro e baixo salário.

Os trabalhadores afirmam estar sem aumento desde 2017. Os técnicos de enfermagem do hospital, por exemplo, afirmam ganhar pouco mais de R$ 1.200. A categoria pede que o governo estadual cumpra com a promessa de conceder o salário de R$ 2.400 que foram oferecidos para técnicos que trabalham em hospitais de referência em Covid-19.

O Hospital Jayme é referência no atendimento para pacientes com Covid-19 no estado. Muitos técnicos e auxiliares que foram infectados pela doença acreditam que isso aconteceu dentro do hospital, por falta de EPI.

Como muitos profissionais estão afastados pela doença e foram demitidos, quem continua trabalhando reclama que a carga de serviço dobrou. Alguns afirmam estar extrapolando funções realizando o serviço de maqueiro.

 

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