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Doença está se estabilizando em Vitória, afirma secretário de saúde

Doença está se estabilizando em Vitória, afirma secretário de saúde
Coletiva sobre a pandemia, nesta sexta-feira (3). Foto: Sesa

A pandemia de coronavírus vive um fenômeno de estabilização na capital, entre os quatro principais municípios da Grande Vitória (que inclui também Vila Velha, Serra e Cariacica), afirmou o secretário estadual da saúde, Nésio Fernandes, nesta sexta-feira (3).

Segundo o secretário, isso quer dizer que o começo do mês de julho pode ser o início de uma fase de recuperação heterogênea da doença, que pode ocorrer em alguns municípios do Estado.

Mesmo assim, ainda haverá aumento de casos no resultado final. “Temos tido uma manutenção da quantidade de óbitos por dia no último período. Não temos redução sustentada das mortes e pacientes graves. Temos apresentando um crescimento importante no número de novos casos, que ocorre pelo crescimento da doença no interior e também porque mais testes sorológicos estão sendo realizados no Espírito Santo”.

Questionado, então, sobre o número de casos, que mesmo com todas as medidas adotadas chegaram a 50 mil na última quinta-feira (3), e se, com isso, não seria o momento de endurecer ainda mais as regras de distanciamento e adotar o lockdown, Nésio Fernandes voltou a explicar que o Estado tem uma matriz de risco que define critérios metodológicos para adotar e reconhecer o risco extremo. Mas disse que sim, a prevalência ainda é alta.

“Realizamos expansão robusta no número de leitos e conseguimos administrar o isolamento em torno de 44%, o que permitiu não colapsar o sistema. A quantidade de casos positivos reflete uma prevalência alta, ainda que ocorra desaceleração da taxa de transmissão. Isso quer dizer que, se estivéssemos no início da pandemia, com 10 mil casos ativos na sociedade e taxa de transmissão muito alta, os casos iriam se multiplicar de maneira exponencial em um número pequeno de dias. Com a redução da taxa de transmissão, os casos dobram de maneira mais lenta. No entanto, dobram com uma prevalência muito alta. Por isso os casos em grande quantidade”.

Por isso, segundo o secretário, ainda não é possível flexibilizar as medidas de isolamento. “É necessário observar tendência de queda sustentada no número de óbitos, pacientes graves e positivos, especialmente os de fase aguda”.

No momento em que houver estabilidade, de acordo com o secretário, o retorno das atividades tem que ser gradual e não abrupto, porque pode provocar uma segunda onda de casos, principalmente em idosos e pessoas com comorbidades, que estavam protegidas.

“É muito perigoso o que aconteceu em outros Estados do sudeste. Não pode e não deve ocorrer no Espírito Santo. Ainda não temos vacina nem tratamento específico para a doença. A estratégia é o isolamento social”, afirmou.

Inquérito sorológico

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, disse que as próximas etapas do inquérito sorológico deverão ter adesão e serem feitas pelos municípios, para identificar a doença ao longe de seis novas etapas. Atualmente, o Estado trabalha com quatro etapas.

“A doença deve permanecer entre nós de forma mais tranquila se for endêmica, aquela que acontece em vários locais ou em surtos de uma 2ª ou 3ª onda. Ainda não entendemos o formato, mas o inquérito é fundamental para avaliarmos e compreendermos Nesse sentido, a Sesa vai promover o seguimento do inquérito. Estamos nos preparando para monitorar essa doença daqui em diante. Essas etapas seguintes poderão e deverão ter adesão, muito provavelmente, dos municípios, para que cada cidade uma compreenda o comportamento da doença nos território, regiões, distritos ou bairros com maior incidência e onde diminui. Será fundamental para que o Estado compreenda quantos estão adoecendo, internando e morrendo, para que, passada, essa 1ª fase da doença, o monitoramento seja feita territorialmente. breve anunciaremos datas completas para as coletas”.

Segundo Nésio Fernandes, o inquérito sorológico permite ver a evolução da doença com evidência científica muito grande e qualificada.

Cloroquina

Sobre o uso de Cloroquina nos pacientes com Covid-19, Nésio Fernandes voltou a dizer que o Ministério da Saúde passou a recomendar o medicamento mesmo sem evidências científicas e contrariando importantes opiniões médicas e organizações internacionais. E que o Estado não se opôs ou proibiu uso nos serviços públicos ou privados.

“Desde o começo orientamos os municípios capixabas na posição orientada por evidências científicas e respaldados pelas opiniões de importantes sociedades médicas do país. Organizamos um fluxo para os municípios que quisessem adotar protocolos próprios e na garantia do monitoramento cardíaco de pacientes que tenham risco de eventos adversos aumentados. Existem evidências científicas claras que recomendam a não associação da Cloroquina com azitromicina, porque as duas juntas potencializam a possibilidade de ocorrer eventos adversos. Nossa posição tem foco na segurança do paciente, mas não é proibitiva. Já distribuímos Cloroquina para mais de 10 municípios capixabas”, afirmou.

Luiz Carlos Reblin afirmou que o uso de medicamentos sem eficácia comprovada, além de  efeitos colaterais indesejados, podem trazer uma falsa sensação de segurança, o que é da mesma gravidade. “Acredita-se que está protegendo e, na verdade, não. Me exponho ao risco e aumento o risco de adoecer pela Covid-19. Não temos medicamento e vacina. A única proteção é permanecer em casa”.

 

 

 

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