O Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) terá quatro simuladores de combate a incêndio em 2019, que serão empregados na habilitação dos sargentos e novos soldados.
Segundo o CMBES, 20 instrutores estarão capacitados para a correta e segura operação dos simuladores, que também serão usados para um programa de requalificação dos bombeiros para que, de tempos em tempos, passem por instruções e treinamentos mantendo afiadas as habilidades de “ler” os sinais do incêndio e combater de forma adequada e segura.
De acordo com o CMBES, os simuladores adquiridos são estruturas montadas a partir de contêineres marítimos fruto da evolução na construção e nos protocolos de utilização dos primeiros usados na Suécia nos anos 90. Eles são aptos a reproduzir de forma real e segura as condições do desenvolvimento de um incêndio em compartimento, que muito difere de um incêndio ao ar livre pelo acúmulo de fumaça, pela limitação de ventilação e pelo acúmulo de calor:
Fase 1 – destinado a permitir a observação do desenvolvimento de um foco de incêndio em compartimento. Assistindo de dentro do cômodo onde ocorre a queima, os instruendos podem ver e experimentar as condições de um foco e reconhecer os sinais que indicam o risco de fenômenos de ignição dos gases do incêndio, fenômeno conhecido como flashover;
Fase 2 – nele, um foco de incêndio é desenvolvido dentro de um cômodo e os bombeiros podem adentrar e combater usando os conhecimentos adquiridos no Fase 1;
Fase 3 – apresenta o fenômeno de ignição da fumaça conhecido como backdraft, que é a ignição súbita dos gases do incêndio acumulados dentro de um compartimento;
Fase 5 – uma estrutura com vários compartimentos e dois andares que permite o desenvolvimento de variados exercícios táticos.
De acordo com o CBMES, a estrutura é a segunda da América Latina (há outra em São Paulo com 6 fases) e é o que há de melhor no mundo em termos de treinamento de combate a incêndio em edificações.
