Nesta sexta-feira (13) é comemorado o dia de um dos estilos que revolucionou a música e o comportamento social da juventude na segunda metade do século XX :O Rock’ n’ Roll. No Espírito Santo, o som passou por várias mudanças graças as mais diversas influências. Para celebrar a data e saber como anda o cenário musical capixaba, o ESHOJE conversou com uma galera que conhece muito bem e vive o estilo no Estado.
Na década de 90, as principais influências do Rock capixaba foram as bandas Sepultura, Metallica e Megadeth. No geral, o início do estilo era voltado principalmente para o Rock Heavy Metal, um som mais pesado e bem específico. O músico Adriano Scaramussa, da Banda Siecrist, foi um dos que viveu esse período de ascensão do estilo no Espírito Santo. “Nos anos 90 o som era mais verdadeiro, muito mais analógico. Hoje em dia é tudo mais fácil, com o digital. Você tem acesso a coisas boas, com valores que antigamente era impossível”.
Já nesta terceira geração, à onda é misturar. O Ton Radaell da Banda Auri, por exemplo, gosta de unir o Rock com ritmos como Jazz, Blues, e Samba, uma característica bem comum no cenário atual que passa a ser mais alternativo e diversificado, atingindo a um público muito mais eclético. Ele destaca que é um som complicado de criar, pois unir os ritmos leva tempo e demanda uma atenção um pouco maior, mas o resultado vale a pena, pois permite uma surpresa muito bacana e bem aceita pra quem ouve.
“A gente acaba tendo que ouvir um pouco de tudo. A gente ouve Blues, Jazz, ouve Samba e tenta ouvir também as bandas nacionais que estão mais em alta agora, surgindo também, pra pegar o que tem de mais legal em cada uma e agregar pra gente também”, explica Ton.
As mudanças fizeram com que o Espírito Santo se destacasse e transformasse as terras capixabas em um reduto de criação de grandes nomes do Rock Nacional. O estado é berço de grandes bandas como Supercombo e Dead Fish.
“Eu acho que o cenário está bem interessante. Acho que a estrutura está melhorando, os artistas estão acompanhando, e não há mais essa diferença de capitais como Rio e São Paulo, como estava tendo tanto há 10 anos atrás”, destaca o produtor musical Felipe Gama.
Para Felipe, apesar o Rock Capixaba ser tão conhecido no cenário nacional, ainda falta um público mais fiel e casas que invistam na contratação de bandas autorais capixabas. Então fica a dica. Aproveite o dia Do Rock pra conhecer mais desse som tão capixaba!