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20 de maio de 2024
segunda-feira, 20 de maio de 2024

Tyago Hoffmann de fora: governo sem candidatura para chamar de sua em Vitória

O deputado estadual Tyago Hoffmann (PSB) abandonou sua pré-candidatura à Prefeitura de Vitória, após se reunir com o governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), nessa quarta-feira (8). A medida deixa o governo do Estado sem uma candidatura que possa chamar de sua para o mais importante poder executivo municipal capixaba.

Curiosamente, há menos de um mês, o PSB nacional destacava a empreitada como uma das prioridades da legenda no País. Com isto posto, a carta de Tyago chama a atenção. “Atendendo ao pedido do governador Casagrande retiro minha pré-candidatura à Prefeitura de Vitória e assumo, a partir de hoje, uma tarefa de articulação político partidária em todo o Espírito Santo. Isso não me distancia das principais pautas da nossa capital”.

É importante lembrar que, no segundo governo Casagrande (2019-2022), Tyago foi secretário de Estado de Governo e de Inovação e Desenvolvimento), o que lhe deu capilaridade em todo o Espírito Santo, mas não a devida abertura em Vitória, onde permanecia mais desconhecido. Logo, o governador lhe passar o bastão em alguns rincões faz mais sentido, até para que não se desgaste nas tratativas. O chefe do Executivo tem compromissos a zelar e precisa sair ileso do processo, até mesmo para manter competitiva sua iniciativa de disputar vaga ao Senado em 2026.

“Esse período de pré-campanha foi muito importante para conhecer de perto os problemas, pensar soluções para a cidade e me aproximar ainda mais das pessoas que fazem Vitória todos os dias. O desejo de construir um futuro melhor para nossa capital seguirá adiante. Vitória pode mais. E sabe que sempre vai poder contar comigo”, finaliza o deputado estadual.

Como traçado por esta coluna anteriormente, Tyago Hoffmann faz parte de um grupo que tem Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) e o deputado estadual Gandini (PSD). Há um consenso de que somente um deles deverá disputar e tudo leva a crer que o ungido será o tucano, especialmente por já ter colocado o seu bloco na rua, com direito à marqueteira contratada, a estrategista Ananda Miranda.

A questão toda é que, mais uma vez, o governo estadual chega às eleições na Capital sem ter uma candidatura que seja dele e que esteja fortemente capacitada para a peleja. Tyago não deslanchou nas pesquisas internas e nem nas que foram divulgadas pelos veículos de imprensa.

Dentro do Palácio Anchieta, o nome dele é visto como favorável para a disputa da Câmara dos Deputados, sucedendo Paulo Foletto (PSB). Assim, com um possível mau resultado na Capital, isso só poderia prejudicar o parlamentar em voos mais ambiciosos.

Logo, a estratégia para tentar derrotar o prefeito da Capital, Lorenzo Pazolini (Republicanos), é apostar, mais uma vez, em frente diversa de candidatos aliados, assim como ocorreu em 2020. Na lista, há de tudo um pouco, da esquerda para a centro-direita: Camila Valadão (Psol), João Coser (PT), Sergio Majeski (PDT), Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) e Capitã Estéfane (Podemos). Como se vê, um cardápio variado.

Desde 2020, quando Pazolini foi eleito, o governo tinha noção de que era necessário trabalhar logo em um nome, justamente para evitar o crescimento dele e do Republicanos. No entanto, a ação não teve êxito. Aos devidos moldes, lembra a tentativa de uma terceira via para eleição presidencial de 2022.

Nesse cenário todo, o que se percebe, até o momento, é que Casagrande não colocará seu prestígio e sua influência, pelo menos no primeiro turno, para jogo na Capital. Vai esperar os desdobramentos de um pleito que precisará de um segundo período para definição daquele que triunfar. Aí sim entrará em campo.

Fato é que o Palácio Anchieta vai demonstrar boa vontade com todas as candidaturas que estão ao redor do seu núcleo de influência. Pode ser que trabalhe com mais afinco, ainda que na moita, pela candidatura de Luiz Paulo, justamente por estar atrelada a Tyago.

No entanto, pensando em projeto de poder do seu grupo – até mesmo no Espírito Santo, como um todo, e na sucessão de 2026-, provavelmente a gestão lamente em não ter um postulante puro-sangue seu. E justamente na principal cidade capixaba, que costuma apresentar as principais lideranças estaduais.

Cumprindo agenda I

Tyago já seguiu protocolarmente a missão passada por Casagrande. O deputado estadual acompanhou o chefe do Executivo estadual, nesta quinta-feira (9), em agenda no município de São Domingos do Norte.

Cumprindo agenda II

O socialista cumpre agendas, nesta sexta-feira (10), em municípios nos quais já possui seus aliados. Na Serra e em Colatina, ele apoia, respectivamente, as candidaturas ao redor dos prefeitos Sergio Vidigal (PDT) – que, até o momento apoia Weverson Meireles (PDT) – e Guerino Balestrassi (MDB), que vem para reeleição. Já em Linhares, Casagrande deverá andar com o deputado estadual Lucas Scaramussa (Podemos), opositor do prefeito Bruno Marianelli (Republicanos).

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Sinais?

O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (Podemos), participou, nessa quarta-feira (8), de agenda ao lado do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos). Nos bastidores, é dado como certo o apoio dele ao republicano.

Pontos de vista

QGs de pré-campanhas na Capital receberam de diversos modos a pesquisa publicada pela Rede Vitória, nesta quinta-feira (9). Pelos lados de Pazolini, há quem já veja possibilidade de triunfo no primeiro turno. Já pelas bandas de Camila e de Coser, ficou o sentimento de que a esquerda tem chances.

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Reunião de pauta

Tyago Hoffmann de fora: governo sem candidatura para chamar de sua em Vitória

Reunião animada na sede do Republicanos, em Vitória, nesta quinta-feira (9). O anfitrião, Erick Musso, recebeu, da esquerda para a direita, o vereador da Capital Anderson Goggi (Progressistas), o presidente do Progressistas de Vitória, Marcos Delmaestro, o deputado federal Messias Donato (Republicanos) e o presidente da Câmara de Vitória, Leandro Piquet (Progressitas). Articulações à vista. Especialmente para Vitória.

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Finanças à vista

O deputado estadual João Coser (PT) se reuniu nessa quarta-feira (8) com a secretária nacional de Planejamento e Finanças do PT, Gleide Andrade. Pelos sorrisos na foto, vieram boas notícias.

Adiou, de novo

Foi mantido prazo para análise de vista, no Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), do caso envolvendo o antigo partido do deputado estadual Pablo Muribeca, o Patriota, no qual é denunciado por suposta fraude à cota de gênero na chapa para deputado estadual.

Leis de Vila Velha

Lei complementar de Vila Velha autoriza o Executivo municipal a contratar operação de crédito junto a um banco “até o valor de R$ 250.000.000,00”. O motivo é “a realização da implantação de usinas de microgeração e minigeração de energia solar fotovoltaica conectado à rede, aquisição de máquinas, equipamentos e infraestrutura nas unidades beneficiadas pelas usinas”.

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Mudanças climáticas I

Mais do que nunca, após as fortes chuvas no Estado e a tragédia no Rio Grande do Sul, as pautas relacionadas às mudanças climáticas vão estar em debate nas eleições. Candidatos vão precisar colocar isso em seus planos de governo.

Mudanças climáticas II

O deputado federal Gilson Daniel (Podemos) vai ser o relator da PEC dos Desastres Naturais. A proposta prevê que 5% das emendas parlamentares individuais sejam destinadas ao combate às calamidades públicas.

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Comitiva

A comitiva do governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), para a Brazilian Week, em Nova Iorque (EUA), na próxima semana, será formada pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni (União Brasil), a chefe do cerimonial, Stella Miranda, além de mais de três assessores.

Organização

O procurador-geral de Justiça, Francisco Berdeal, está em período de organização da sua gestão à frente do Ministério Público Estadual (MPES). Aos poucos, são definidos as membras e os membros que vão ocupar os determinados postos.

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Penas pecuniárias I

A Vara Única de Conceição do Castelo, do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), entregou, na última semana, alvará que destina o valor de R$299.585,09, proveniente de penas de prestação pecuniárias, para a instalação e operação de 16 câmeras de monitoramento, que serão instaladas em pontos estratégicos da cidade.

Penas pecuniárias II

O saldo das penas pecuniárias no TJES é bem polpudo: são R$ R$ 27.286.425,72 nas contas.

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Na moita

Sopa de constrangimento rondou badalado evento. Somente prefeitos poderiam adentrar ao almoço oferecido por uma entidade. Nem vices e esposas conseguiam entrar. Resultado? Muitos chefes de poderes municipais foram embora.

Tá na rede

“Ao tomar conhecimento que Vitória, capital, não tem um plano de emergência climática mesmo com todas as tragédias vistas recentemente, reforço a necessidade de debatermos a cidade com seriedade, com foco em ações sustentáveis, e não naquelas que servem apenas para a fotografia e redes sociais”

Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), pré-candidato à Prefeitura de Vitória

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