Há duas da instalação da sala de situação, com as regras impostas pelo Governo do Estado para o combate ao novo coronavíros no Espírito Santo, os capixabas começam a não a dar sinais de saturação do isolamento. E setores da economia, como comércio a reagir, na tentativa de invalidar os decretos que determinam a regras de funcionamento e as punições para o descumprimento. Manifestações aconteceram no interior e já estão programadas para a Grande Vitória. Na avaliação do governador Renato Casagrande, ações que têm viés político.
O chefe do Executivo estadual reconhece que o isolamento e todas as medidas que o seguem são difíceis – além de interferir diretamente na economia. Mas que são responsáveis e os gestores públicos pagarão com as vidas da população. “Tem muita política neste tipo de convocação de carreatas e manifestos, estamos vendo candidatos a prefeito e vereador á frente dessas manifestações. Tive uma reunião com os prefeitos e pedi a eles para continuarmos agindo unidos, porque precisamos preservar vidas. Senão todos nós teremos responsabilidade”, destacou.
Um movimento maior pôde ser sentido a partir de quarta-feira (25), um dia após pronunciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro, que disse que a vida precisa voltar a normalidade e a economia não pode parar. Nesta sexta (27) o Governo Federal lançou uma campanha publicitária, no mesmo sentido, com o slogan “O Brasil não pode parar”.
“Temos 15 dias de assinatura de decreto de emergência da saúde devido o coronavirus, montamos a sala de situação e começamos a trabalhar efetivamente as regras de isolamento, diminuindo a mobilidade. Posso dizer que tem alcançado resultado e o número de casos é do controle, sem vitimas fatais. Mas esse resultado não dá conforto para as pessoas saírem do isolamento, porque estamos contendo o avanço e estamos preparando leitos hospitalares, caso os números avancem. É preciso que fiquemos até 21 dias desta maneira e depois vamos avaliando para liberar uma ou outra atividade. É perceptível que desde o pronunciamento as pessoas começaram a sair e isso pode fazer a gente perder o resultado que obtivemos até agora”, avaliou o governador.
Flexibilização
O retorno gradativo das atividades ainda não está definido quando e como será realizado. Mas Renato Casagrande descarta, inicialmente, das atividades educacionais e autorização de eventos. Ele destacou que, assim como as paralisações, os retornos seguirão alguns protocolos. “Não vai dar para dizer ainda, como será a flexibilização, mas o que for, terá protocolo de cuidados. Com certeza não serão eventos, escolas e outras atividades, mas analisaremos a partir da semana que vem”.
Destacou que policiais militares, bombeiros e homens do Exército manterão a vigilância de forma educativa e punitiva para quem tentar descumprir os decretos. E que o Estado também está pronto para reações mais agressiva e até ações criminosas.
“PMES, Corpo de Bombeiros e Exército estão nas ruas e por isso o trabalho das guardas municipais é fundamental e o trabalho da sociedade civil também. Vamos fiscalizar de acordo com as nossas pernas. Isso está em nossa função, como governo, mas só vai funcionar se a sociedade abraçar”.
Nesta sexta-feira (27) o Ministério da Saúde repassou ao Estado R$ 8 milhões para investimento em exames e tratamentos do Covid-19. Além disso, o governo estadual comprou mais 50 mil testes rápidos, e buscou em São Paulo 660 kits para que o laboratório estadual – Lacen – não tenha o trabalho interrompido.
Dessa vez Casa Grande está certo:
O governador de São Paulo está usando da epidemia para fazer campanha eleitoral antecipada.