Pequenos grãos que nos compõem como inteiros. Com a sensibilidade de entender o valor do abraço apertado até as miudezas de nossos pensamentos mais profundos, a escritora Lilian Menenguci apresenta seu segundo livro de poesias: “Grão”, editado pela Editora Maré. Com 73 poemas reunidos, a obra será lançada em uma live no instagram @ lilianmenengucioficial no Dia Nacional do (a) Escritor (a), comemorado no sábado (25).
O evento, marcado para as 19 horas, também contará com a participação do designer gráfico Max de Souza, que assina a capa da obra. Durante a live, a autora vai interagir com o público explorando assuntos como a escrita criativa, passando pelo processo de produção do livro e distribuição da obra, ao mesmo tempo em que apresentará alguns textos de Grão.
Num aspecto central do livro, a autora destaca os pequenos, mas marcantes momentos do dia a dia, que contribuem para que possamos “ressuscitar no chão”. “As miudezas são extraordinárias! Elas nos afetam e, de alguma maneira, nos dizem sobre como afetamos o mundo. Essa talvez seja a razão de ser de Grão: (re) assumirmo-nos inteiros, mesmo em pedaços”, conta a escritora.
[…] por quantas vezes, argilosa, de consistência fina e impermeável, ela forjou o que sou. Noutras, granulosa como areia, fez-me acreditar que já não era. Em solo seco, tornei abraçar o sol. Lançada em humosa superfície, decompus-me toda. Em cada tempo, aprendi sobre ser “Grão”: inteira, em pedaços.
Sobre o processo de escrita, Lilian destaca a importância dos silêncios, que nos permitem refletir sobre nossos interiores. “Grão foi escrito do silêncio que fazia barulho em mim. O silêncio, muito mais que sinônimo da ausência de sons, é uma forma de olhar para dentro sem ficar ensimesmado. Ele dá trabalho para o pensamento e convida à produção de sentidos. Atenta à sua escuta, a escrita se deu”, afirma a autora.
Grão, de Lilian Menenguci, pela Editora Maré (2020), tem como editor Gustavo Binda. Capa do designer gráfico Max de Souza. Supervisão de Arte de Fernanda Bellumat. Revisão de Maria Gabriela Verediano. Fotografia de Tati Hauer. A orelha é assinada pelo jornalista Leonardo Vais e o prefácio tem a marca da jornalista e escritora Ana Laura Nahas.
