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Com Nossa Senhora da Penha aprendi a perseverar

Falar sobre gestação e Nossa Senhora é algo muito comum para muitas famílias. O desejo em conceber um filho e todo sacrifício que os nove meses exigem, somente Nossa Senhora da Penha conhece.

Foi assim com a história da origem do Lucca. O menino que é a alegria dos pais, Cíntia Cândido Laures e Renato, da irmã Eduarda e da vovó Zilma. A chegada dele veio após um aborto e uma gestação de risco. Mas, segunda a mãe, a Senhora das Alegrias não falhou!

“Em 2013, depois de 12 anos de casados, decidimos engravidar. Minha primeira gestação foi maravilhosa, mas enquanto mãe nem tanto. Nasceu Eduarda e minha vida mudou, uma menina maravilhosa, e que desde novinha me pedia um irmão. Acho que era uma forma de ter a mesma conexão que eu minha irmã temos. Em novembro descobri a gravidez, fiz uma surpresa para o meu marido e minha filha Eduarda, contando que o nosso sonho ia se realizar”.

Como tantas mulheres que trabalham fora, fim de semana é dia de fazer de tudo, desde cuidar da casa até um tempo para se cuidar. “A surpresa feita na sexta-feira. No sábado eu estava no salão fazendo as unhas e senti uma cólica, elas foram aumentando, tive um sangramento e fui ao médico. No exame, mostrou que o colo do útero estava fechado, como era recente tinha que fazer uma semana de repouso para saber se era um aborto espontâneo ou se havia vingado. Estava entrando na quinta semana de gestação”.

O repouso a que Cíntia foi submetido foi durante as chuvas de 2013, onde muitas pessoas passaram dificuldades com perdas de suas casas, pertences. Para Cíntia, um sonho também se foi como as chuvas daquela semana. A gestação tão celebrada, havia terminado. “Foi muito forte essa perda, porque eu nunca havia perdido algo que tenha desejado tanto na minha, me deixando muito abalada”.

Recuperar o corpo depois de um aborto espontâneo é relativamente rápido, mas o emocional pode demorar bem mais. A expectativa no olhar das pessoas e depois, dar a notícia de que o sonho foi adiado e ver s frustração, dói. “Eu decidi não engravidar mais. Vieram as festas de fim de ano, meu aniversário e eu decidida. Eu tenho o hábito de ir ao Convento em dois momentos muito significativos: dezembro para agradecer por mais um ano que se vai e em janeiro para agradecer pelo ano que se inicia e pelo meu aniversário. Eu fui em janeiro, rezei e chorei muito, porque estava abalada. Essa gestação que não vingou me marcou muito, tanto que eu falo que tive três gestações, porque nunca esqueci desse momento, eu entendo que Deus sabe de todas as coisas e que sempre faz o melhor, mas no meu coração, sou mãe de três

O casal gosta muito do mar, e sempre que possível, costuma ir à praia. “Nós paramos um pouco na praia e eu continuei ali, com minha dor e meu marido saiu para comprar uma água de coco. Nesse momento, uma mãe com um menino, estavam passeando e essa criança jogou o brinquedo que bateu em mim e eu despertei. A mãe correu e me pediu desculpas. Eu nem liguei, peguei o brinquedo e devolvi ao menino, que me olhou e sorriu. Os dois seguiram e eu vou vi a mãe falando com ele, “Lucca você é muito arteiro, Nossa Senhora”. Naquela hora eu senti algo diferente”.

Essa diferença mudou sua oração. “Ali, diante do mar, mais uma vez eu chorei e rezei pedindo que conseguisse voltar a viver a minha vida, sem aquele sofrimento”.

Tentando voltar a normalidade, Cíntia volta ao consultório médico para fazer os exames e uma possível nova tentativa. “No fim do carnaval eu engravidei, mas não sabia. Tive sintomas de alergia, passei muito mal e fui ao pronto-socorro. Falei que estava atrasada e o médico me solicitou o Beta HCG para confirmar a gestação. Cheia de medo, relutei em fazer o exame porque não queria alimentar esperanças. Deu positivo, fiquei feliz e cheia de medo de perder a criança. Marquei a consulta, fiz os exames e o médico disse que tinha um pequeno descolamento, mas que não me preocupasse”.

Ao levar os exames para a médica avaliar, Cíntia tomou um susto. “A médica me disse que eu estava com um descolamento de placenta e correndo risco de perder a criança a qualquer momento. Me pediu que ligasse para alguém me buscar e que estava de atestado e repouso total. Eu estava me sentindo bem, mas por recomendação, só podia me levantar para ir ao banheiro”.

Com Nossa Senhora da Penha aprendi a perseverarA alegria, saiu de cena e o medo tomou conta. O medo de passar por tudo aquilo novamente, deixou Cíntia arrasada. Ela cumpriu tudo que a médica passou, mas sozinha não daria conta. Nesse momento, sua mãe, futura vovó, entra em ação.

“Era oitavário da Penha e no domingo, minha mãe foi na romaria das mulheres, se aproximou do andor e conseguiu uma rosa. A caminhada da minha mãe foi toda feita pela minha saúde e da gestação do meu filho. Depois desse dia, consegui me acalmar e entender a gravidez de risco, ficando 65 dias de repouso absoluto. Saí desse momento e cheguei ao sexto mês e novamente passei mal, minha pressão alterou e corri risco de eclampse. Consegui chegar a 38 semanas e no dia 20 de novembro, dia do aniversário da bisavó, Lucca nasceu. Ele é a alegria da casa e arteiro”.

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