O capixaba Silva, de 33 anos, se tornou um dos grandes nomes da música popular brasileira (MPB). No sábado (26), o cantor se apresentou no Lollapalooza, pela segunda vez, e encantou uma multidão com sua voz, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
A primeira participação no festival ocorreu em 2014, a segunda seria em 2019, mas o show foi cancelado, minutos antes de começar, por conta de uma forte chuva. Em 2022, enfim o artista voltou ao palco e ainda contou com o rapper Criolo em seu show.
“Foi demais! Estava com saudade dos grandes festivais. De lá até aqui acho que tive um amadurecimento bem saudável. A coisa mais legal que aprendi, e ainda estou aprendendo, foi a de curtir o processo. Com isso vou poder curtir ainda mais esse show junto com todo mundo”, disse Silva.
Como em outros segmentos, a pandemia da Covid-19 afetou com tudo o cenário musical, com as restrições e os cancelamentos de shows. No caso do capixaba, ele focou o período em produções, o que colaborou para conseguir se manter bem psicologicamente.
“Eu passei por algo que chamaria de uma grande sorte, consegui desbloquear minha criatividade poucas semanas antes do início da pandemia. Depois, durante a quarentena, foi um processo focado em quase 6 meses de estúdio. Isso salvou minha vida naquele momento. Claro que passei por outras dificuldades com toda a ansiedade que esse momento nos impõe, mas ter começado esse período fazendo um álbum certamente salvou minha cabeça”.
Com o avanço da vacinação, a volta dos eventos está consolidada. Depois de 2 anos, o Bloco do Silva volta a agitar os foliões do Espírito Santo e dos Estados próximos, neste sábado (02). Feliz em voltar com os shows, o capixaba conta os minutos para a apresentação, que acontece na Área Verde do Álvares Cabral.
“Tô muito feliz em poder voltar com os shows. O Bloco é um momento em que posso cantar tudo que eu quiser. Acabo evoluindo muito com isso e é bom demais ver as pessoas se divertindo tanto num show”, frisou Silva.
Ano de eleições
Durante a apresentação do capixaba no Lollapalooza houve uma manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro. E o artista respondeu com a frase: “essa é a minha galera”. Sobre o cenário político e principalmente por estarmos em um ano eleitoral, Silva disse sobre a importância do posicionamento.
“Se você tem um grupo de fãs que te dão apoio, carinho e de repente você ignora as causas pelas quais eles lutam, acho bem estranho e aproveitador. É nesse ponto que vejo uma responsabilidade do artista se posicionar. Mas acho que todo mundo é livre para fazer o que quiser, assim como todo mundo é livre para deixar de admirar um artista que não luta por algo em que você acredita”, finalizou o capixaba.
