Notícia nada boa para os capixabas! O IBGE divulgou nos últimos dias a inflação na Grande Vitória e, em fevereiro, houve aumento médio de 0,70% nos preços de produtos e serviços na região. O vilão no mês foi o grupo educação, que subiu 5,65%, mas já esperado por conta dos sazonais reajustes de matrícula escolar, o que não se repete pelos próximos meses.
Chama a atenção a escalada nos preços dos alimentos, de 0,77% em fevereiro e acumula 2,77% no bimestre, mais do que o dobro da variação geral, de 1,07%. Vale lembrar que esse grupo pesa cerca de 18% no total das despesas das famílias da GV, podendo chegar a 25% na faixa de renda mais baixa, na classe E.
Só nos dois primeiros meses houve aumento de 50,61% na cenoura, de 31,07% no tomate, 27,53% na manga e 26,77% na batata-inglesa, sem esquecer da elevação de 14,49% no feijão e de 9,28% no arroz, a base da cozinha brasileira.
A Páscoa chegando será mais um grande desafio para comprar os ingredientes típicos do almoço. Os pescados sobem, em média, 6,76%, o azeite de oliva, 9,62%, além da batata e do arroz que já foram mencionados.
Até o ovo de galinha que estava em queda no ano passado voltou a subir e acumula alta de 3,81% em janeiro e fevereiro.
Cada ida ao supermercado é um desespero. Eu que faço as compras de casa para a família fico angustiado por dois motivos, primeiro pelo preço elevado das frutas e legumes e, segundo, pela baixa qualidade desses produtos, tomates machucados, cebolas pequenas, manga verde, laranja seca e assim por diante.
Mas de quem é a culpa desse aumento nos preços dos alimentos? Muitas pessoas jogam nas costas do atual governo. Embora eu faça críticas frequentes ao presidente Lula, é preciso ser justo que o grande vilão é o El Niño, trazendo, desde o ano passado, condições climáticas adversas, com excesso de chuva ou seca, prejudicado as plantações e colheitas, interferindo na redução da oferta e, por consequência, chegando a um preço mais elevado na ponta para o consumidor.
Alguns outros aspectos também ajudam nessa pressão de preços de alimentos como o custo do combustível e os custos de produção dos produtos em alta.
Portanto, os capixabas seguirão sentindo no bolso o impacto na compra dos principias itens para o domicílio, o que não é exclusividade daqui não, vem acontecendo em todo o país. Não há previsão de melhora no curto prazo, mas imagina-se que daqui uns 3 a 5 meses os preços voltem a um patamar mais adequado, até pela maior estabilidade do clima. Enquanto isso não acontece, seguimos na luta!