Uma mulher morreu em um hospital de Ecoporanga, no noroeste do Espírito Santo, e a família acusa o local de negligência médica. Gessika Dettmann Bello, de 32 anos, deu entrada na Fundação Médico Assistencial do Trabalhador Rural de Ecoporanga (Fumatre) com sintomas de dengue e plaquetas baixas na madrugada de quarta-feira (8).
A irmã de Géssika chegou a se desentender com um médico da Fumatre, que fica no bairro Nossa Senhora Aparecida, e a Polícia Militar foi chamada. De acordo com a PM, a mulher relatou que chegou ao hospital acompanhando a irmã e, por causa da demora no atendimento, foi até a sala da administração.
Ela disse que, nesse momento, o médico chegou bastante exaltado e começaram a discutir. Em conversa com o profissional, ele disse que, como de praxe ao iniciar um plantão, foi realizado o atendimento dos pacientes e, posteriormente, atendido o Pronto Socorro e isso gerou uma demora. O médico disse que houve uma discussão, mas que logo se acalmaram. Ninguém quis representar e a ocorrência foi finalizada.
Em nota assinada pelo presidente, Ugo Oliveira Figueiredo, a Fumatre lamenta o falecimento de Gessika, deseja condolências à família e amigos e afirma que abriu procedimento administrativo interno para averiguar as circunstâncias que permearam o atendimento da mulher.
A Fumatre diz que ainda continuará colaborando com as investigações feitas pelas autoridades competentes em tudo o que for solicitado. “Todos os documentos referentes ao atendimento da senhora Gessika na Fumatre, desde que solicitou atendimento nesta Fundação até a sua transferência para o Hospital Estadual Doutor Alceu Melgaço Filho, foram colhidos para instruir o Procedimento Administrativo Interno, razão pela qual esta instituição voltou a dispor de toda a sua equipe de médicos, enfermeiros e técnicos. Esta fundação foi criada com o objetivo de servir a população ecoporanguense, o que tem sido feito com muita dedicação e afinco, apesar das muitas dificuldades”.