A Polícia Civil cumpriu, na última quarta-feira (10), oito mandados de busca e apreensão, sendo quatro em residências e quatro em ferros-velhos, cujos proprietários estariam envolvidos na comercialização de diversas peças de veículos automotores.
A operação apelidada de “Operação Sarcina” tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em comercializar peças de veículos automotores com restrição de furto e roubo, inclusive possuindo sinais característicos adulterados.
Durante a ação, foram detidos três suspeitos em flagrante. Em um dos ferros-velhos, foram encontrados itens de segurança proibidos de serem comercializados.
“No ano passado, o estado do Espírito Santo reduziu em 12% o índice de furto e roubo de veículos, ao passo que o Brasil aumentou 20%. Este resultado reflete o excelente trabalho realizado pela polícia civil. Foram 12 meses de investigação para chegar a essas pessoas que, na verdade, são empresas legalizadas, mas estavam operando de forma desonesta”, afirmou o Delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda.
O delegado Luiz Gustavo Ximenes, titular da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), detalhou o processo de retirada e venda das peças roubadas:
“No que diz respeito aos ferros-velhos, eles retiravam as peças dos carros, misturavam peças irregulares com as regulares em pacotes e realizavam o comércio de peças ilegais de veículos com restrição de furto e roubo. Eram diversas peças que, em forma de pacotes, eram colocadas no mercado para serem vendidas.”
Ao todo, foram 8 mandados de busca e apreensão e 4 prisões em flagrante desses indivíduos que fazem parte da organização criminosa. As prisões foram realizadas em Cariacica e Vila Velha.
Além disso, durante a busca e apreensão, a polícia encontrou um bloqueador de sinal, popularmente conhecido como “capetinha”, utilizado pela organização criminosa para inibir o sinal de GPS e rastreadores dos veículos roubados.
“Não é crime comercializar esse tipo de item de segurança, mas ele é proibido. Você não pode vendê-lo em ferros-velhos, mesmo que seja credenciado. O dono do ferro-velho precisa encaminhar essa peça ao fabricante, para que ele decida como será utilizada em outro momento”, concluiu o delegado Luiz.