Dia 7 último, renunciou ao cargo de primeiro ministro português, Antonio Costa, para se livrar da suspeita de corrupção. Na China, no dia l5 de setembro último, o general Li, Ministro dos Negócios Estrangeiros, foi destituído do cargo, sob suspeita de irregularidades, dado como desaparecido de Qin Gang, sem deixar rastros, aparente.
Na atualidade da política mundial, as duas atitudes soam como inusitadas, impossíveis de acontecer, pelo menos nas América do Sul e Central, não só pelo estado de corrupção endêmica que vigora nas regiões, desde os tempos mais remotos, mais pela existência de um arraigado caudilhismo, que vem sendo mantido pela força bruta que os ditadores impõem sobre os povos indefesos.
Não serve de exemplo para nós o sistema político de Portugal e muito menos da China. Temos que buscar uma fórmula de administrar os negócios públicos através de métodos excepcionais de Justiça, talvez essa a causa de vivermos nessa “esculhambação”, apelidada de democracia, onde nem a Constituição, chamada pelos políticos cínicos de Leu Áurea, merece respeito.
Com a intromissão dos narcotraficantes nos negócios da política brasileira, como ocorre em várias nações na nossa região, se não for adotados princípios rígidos de Governo, do estilo chinês (onde existem também máfias perigosas), estamos sujeitos à ocorrência de movimentos de divisão do nosso território, podendo acabar com a unidade nacional, que dura por 523 anos, constata-se que estamos nas mãos de uma corruptela dirigente sem qualquer tipo de escrúpulos, na espera de um “milagre”.
Estamos à beira do abismo, quando assistimos um ex-presidente da Republica, preso por corrupção por 12 anos ser solto de uma forma aberrante para concorrer às eleições que o fez voltar ao “local do crime”, em companhia de quem o acusou como ladrão, num dos episódios mais vergonhosos da Justiça Nacional, chegamos à triste conclusão de que o Brasil não tem jeito!
Restam apenas esperanças.