“Em terra de cegos, quem tem um olho (funcionando) é rei!” É um velho adágio que serve para muita coisa, inclusive para a vida política brasileira.
Nessa história, me parece, os cegos somos nós, eleitores. Eu não concebo essa impressionante proliferação de siglas partidárias em operação no Brasil, mais de 30 e outras 60 a serem criadas, quando no mundo a política é dividida entrecontra e a favor. Na Espanha, por exemplo, existem o que chamamos países bascos”, onde a tradição é a seguinte: Hay gobierno? Soy contra! Não hay governo, soy contra tambien…”
O basco é contra tudo, a começar pela herança imposta pelo franquismo, após a morte de seu líder autoritário, a reinvenção da monarquia.
O Brasil tem 72% de chamados analfabetos funcionais. Essa triste e formidável porção de patrícios, sabe ler, mas não sabe o que leu e muito menos sabe escrever, não concatena as ideias, cientificamente seriam chamados de oligofrênicos, fixando suas idéias no que é ruim e, sem aptidão para o discernimento, votam no que lhe parece semelhante e, interessante, acertam, preferindo eleger aqueles que se assemelham. Como, democraticamente, os direitos são iguais (entre letrados e analfabetos), o certo seria o estabelecimento do chamado voto facultativo. Vota quem quer. Como no caso do futebol, carnaval, religião, onde cada qual segue o lado que melhor lhe convêm. Nada melhor na vida das pessoas do que serem livres para seguir seus caminhos. O chamado direito de ir e vir, coisa que os comunistas não gostam de ouvir.
Com a proximidade das eleições gerais no Brasil (menos para prefeitos e vereadores), sob a ótica de que o eleitorado é burro, desmemorizado, oligofrênicos (deficiência do desenvolvimento, mental ou adquirida), os chamados donos dos partidos (cada partido é obrigado a ter seus estatutos, com o tipo de filosofia partidária que sustenta, (Já imaginaram isso?). Estamos numa terra de cegos. Os reis, têm um olho e estão na política, cagando suas regras e as empurrando, goela abaixo, na chamada massa ignara (povo ignorante, fruto da deficiência congênita ou adquirida, cientificamente chamados de oligofrênicos).
O pior de tudo é que, nessa simbiose política nacional, onde todos se acumpliciam pela tomada do poder, gerando essa proliferação de deficientes imorais que atacam os cofres públicos, sem dó nem piedade, provocando, após séculos de dominação, o surgimento de um embrionário sistema policial (Polícia Federal) aliado a um juiz Federal de Curitiba, Sérgio Moro e um grupo de procuradores, também federais, que estão lavando a jato a podridão brasileira, sem data para seu fim, apesar de tremenda pressão para proteger a classe política mais indecente do mundo.
Vamos ver como se comporta o eleitorado oligofrênico. Comporto de 72% da sociedade brasileira.