Desde o começo de março, quando o primeiro caso de coronavírus foi confirmado em território capixaba, os números não pararam de crescer.
A partir das consequências impostas pelas medidas de restrição para conter a contaminação do vírus, o número de ações de solidariedade também passou a crescer com o intuito de ajudar os mais vulneráveis.
Em abril, por exemplo, em entrevista a reportagem do ESHOJE, a empreendedora Alexandra Reis, 37 anos, contou que é “vizinha” de muitas pessoas que vivem em situação de rua, e que após as medidas de isolamento social terem sido aplicadas no Espírito Santo, ela viu o desespero deles de perto.
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Em tempos de coronavírus, capixabas criam ações de solidariedade
No entanto, antes mesmo das medidas de restrição, mais especificamente uma semana antes da Páscoa, Alexandra conta que começou com a distribuição de marmitas e kits de lanches.
De lá pra cá, em mais de 100 dias de pandemia, a empreendedora destaca que a rede de solidariedade cresceu em uma proporção que ela nem imaginava.
“Aumentou muito e as doações ficaram grandes. Temos hoje uma casa em Jabaeté [em Vila Velha], que foi reformada, onde colocamos uma família resgatada de uma situação de violência, tivemos uma casa mobiliada para uma gestante, que chegou com criança pequena no Espirito Santo. E isso começou com 17 marmitas em numa quita-feira”, relembrou Alexandra, que ainda conta que a média de entregas hoje, semanalmente, é de 100 marmitas e lanches.
A ação social ganhou tanta proporção, que as doações vem de todos os lados, inclusive de fora do Espirito Santo, por exemplo, de Santa Catarina.
Além da empreendedora, mais quatro mulheres fazem o projeto acontecer. São elas: Géssica Muhd, Quaty Santiago, Brenda Romanzini, Lucineia Pesente e Stela Maria.
Outro projeto, conduzido por quatro amigas moradoras de Jardim Camburi, em Vitória, realiza doações de cestas básicas para famílias em extrema necessidade.
O Cestas do Bem, de acordo com a cerimonialista de eventos Giselle Conturbia, 32 anos, já percorreu bairros de municípios, entre eles: Viana, Vila Velha, Serra, Cariacica e Guarapari.
“A gente começou em 28 de março a distribuir muito precariamente quatro cestas. Depois fomos vendo mais e lançamos o Instagram. Foi bem devagarinho e dependemos de doações para fazer as cestas. Também distribuímos kits de limpezas, e máscaras. A rede de solidariedade ganhou mais amplitude, porque, no início, levamos poucas cestas, mas agora, graças às doações e com redes de amigos, temos conseguido levar mais ou menos, por mês, uma média de 200 cestas. As vezes conseguimos fazer quatro ações por mês”, contou Giselle.
Além da cerimonialista, as amigas Carla Loureiro, Iara Bragato e Rossana Viana também fazem o projeto acontecer. Segundo Giselle, realizando ações pelos municípios, dois bairros em duas cidades diferentes apresentam a mesma demanda: Terra Vermelha, em Vila Velha, e Bico do Urubu, em Guarapari.
“A gente fica rodando o tempo todo, porque não tem como ficar repetindo muito bairro. Porém, existem bairros que tem demandas muito grandes, entre eles 1Terra Vermelha [em Vila Velha] e Bico do Urubu [em Guarapari], porque a maioria são trabalhadores informais e todos perderam a renda”, explicou.
Existe um projeto chamado coração solidário na Serra onde eles armam tendas em frente aos supermercado e arrecadam doações já distribuíram 50 cestas e continuam o trabalho lindo. É um grupo de pessoas. Vale a pena ver o número de um dos organizadores 27 99853-3158