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Quase 250 mil capixabas já foram contaminados pela Covid-19 sem saber

Quase 250 mil capixabas já foram contaminados pela Covid-19 sem saberO Espírito Santo vai continuar pesquisando, dentre a população, o novo coronavírus (Covid-19), com novo inquérito sorológico previsto para começar na primeira quinzena de julho. A informação foi da pelo secretário de Saúde, Nésio Fernandes, na manhã deste sábado (27), ao informar dados do primeiro, realizado em quatro etapas, e cuja última aconteceu entre 22 e 24 de junho. Por meio da pesquisa, realizada em 27 cidades considerada “sentinelas” pela Sesa, foi possível identificar que 386.193 capixabas já tiveram contato com o vírus, sendo que 64% não chegaram a procurar atendimento médico.

“A quantidade de pessoas que não relatam a relevância dos sintomas ou são assintomáticas, sem o inquérito ficariam desconhecidas no sistema. A investigação é para corrigir isso, é lançar mão de documento científico e estatístico. Ao avaliarmos em etapas, em diferentes momentos, é possível identificar a evolução da doença, taxa de transmissão da doença e a força de transmissão do coronavírus. Pelas etapas identificamos que o percentual de contaminação saiu de 2,1% para 7,4% de capixabas, e isso significa 386.193 pessoas tiveram em contato em todo estado, sendo 227.822 na Grande Vitória e 88.710 no interior”, detalhou o secretário.

Segundo Nésio Fernandes, proporcionalmente, o inquérito foi o maior do país. De acordo com Orlei Amaral Cardoso, coordenador da pesquisa, ficou evidente o avanço da doença e a necessidade de se manter o isolamento social. “Não é o momento de flexibilização em grandes proporções. Muitos casos testados só foram possíveis porque as equipes circularam o Estado”, avaliou.

O resultado prático deverá ser apresentado nos próximos dias pois, de acordo com o secretário de saúde, as medidas já adotadas pelo Estado capixaba passarão por ajustes. “Concluímos que é necessário novo inquérito a partir de julho para continuar acompanhando a evolução da epidemia, para ajustar medidas. Percebemos que é arriscado flexibilizar medidas, reconhecendo comportamento pelo número de óbitos de pacientes e a velocidade de transmissão, projetando o RT (percentual de transmissão) entre a primeira e a quarta etapa. Temos que nos preparar para o momento em que os 44% da população que está respeitando o isolamento social puder sair”, explicou o titular da Sesa.

Quase 250 mil capixabas já foram contaminados pela Covid-19 sem saber
(Foto: Divulgação)

Perfil dos contaminados
O perfil encontrado no Espírito Santo, é que a maioria dos pacientes é do sexo feminino, tem entre 21 e 60 anos, das raça negra e parda. Um dado novo aponta que as residências com quatro ou mais moradores registram casos de coronavírus e que um dos locais de maior contaminação são os transportes coletivos.

“Na quarta etapa um novo dado foi incluído: uso de transporte publico. Foi notado que pessoas que andam de ônibus mais de quatro vezes na semana têm mais chances de contaminação e na mostra total até 21% dos positivos utilizam o ônibus”, revelou.

Entre os sintomas que os pacientes que já tiveram contato com o coronavírus mais apresentam está a perda de olfato e paladar (41,7%), seguido de tosse, cansaço e febre. De todos os mais de 26,6 mil testados, 30,4% dos contaminados são assintomáticos e apenas 36% procuraram serviço de saúde.

Quase 250 mil capixabas já foram contaminados pela Covid-19 sem saber
Secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes Foto: Divulgação/Sesa

Tendência a desaceleração
O inquérito aponta tendência de desaceleração dos casos de coronavírus em algumas regiões, mas o secretário de Estado da Saúde explicou que a fase da doença é avançada e não é possível comparar o estado com outros estados, porque cada um está em diferente momento e fase da epidemia.

“Há sinais de estabilização na Grande Vitória, mas não temos, neste inquérito, como projetos como a doença se comportará nas próximas semanas. Em alguns pequenos municípios há tendencia de estabilização, mas estamos em fase de aceleração da pandemia no conjunto do estado. Há muitos pacientes ativos na Grande Vitória, crescimento no interior e mais de mil casos por dia. A fase mais critica não é caracterizado na doença, mas na resposta da população”

Nésio Fernandes comparou a pandemia da Covid-19 com uma grande guerra. “Viveremos situações semelhante à guerras de longa duração. Estamos percebendo na Argentina, por exemplo, assim como diversas regiões dentro do Brasil, estão passando pela nova onda. O país vizinho que amanheceu retomando suspensão de atividades e nova onda de contaminação”.

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