Canos estourados, árvores e postes caindo, cadeiras e mesas de quiosques quebrados, muros ao chão e nenhuma faixa de areia. Essa é a cena encontrada por quem visita hoje a praia de Ponta da Fruta, em Vila Velha. A ressaca do mar anunciada pela Marinha do Brasil, deixou fortes estragos na orla da praia.
As chuvas da última segunda-feira deixou marcas em diversos pontos da Grande Vitória. Em Ponta da Fruta a situação também ficou complicada, durante a madrugada da terça feira, o mar avançou com força sobre as casas e comércios, e destruiu quiosques além dos muros de algumas casas.
A Marinha do Brasil emitiu, na segunda-feira, avisos de ressaca e ventos fortes na costa capixaba, as ondas poderiam chegar a 2,5 metros entre o Sul do Estado e a capital, Vitória. Segundo o órgão, o fenômeno provocou vento forte soprando de Sudeste a Leste, com intensidade entre 52 e 62 km/h, e mar grosso, com ondas entre 3,0 e 4,0 metros de altura em alto-mar ao largo do litoral capixaba. O aviso foi estendido para terça e reforçado nesta quarta-feira para mais 48 horas.
Alguns moradores de Ponta da Fruta afirmam que é comum que, por volta das 16 horas e durante a madrugada, o mar avance um pouco mais e chegue até as casas que ficam na orla; porém, logo depois tudo volta ao normal. Nesta semana a força da onde acabou devastando o cenário que encanta moradores e turistas. Os comerciantes dizem que na manhã da terça-feira foram surpreendidos pelos estragos
A auxiliar administrativa Francilaine Alves Silva que tem costume de visitar a Praia ficou assustada com a cena que encontrou. “Todos os anos é de costume que eu, meu marido e meu filho venhamos para a orla da praia. Inclusive eu estive aqui com minha família no carnaval de 2018 e caminhamos por toda orla. Cheguei hoje aqui e me deparar com essa cena onde o mar devastou os quiosques e algumas moradias é assustador”, relata Francilaine, que já não sabe como será o próximo verão da família.
Na manhã desta quarta-feira (18), teve início a limpeza da orla com a retirada do entulho e do excesso de algas no local. Mas os pescadores da região afirmam que ainda não podem voltar a trabalhar, pois não tem como saírem com os barcos e o movimento do comércio está bastante parado.
Segundo a Prefeitura de Vila Velha, neste momento, é feito um diagnóstico da situação do local por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Projetos e Obras e da Defesa Civil. Na manhã desta quarta-feira (18), o prefeito Max Filho e o vice-prefeito Jorge Carreta estiveram no local e começaram o diálogo com os moradores da região para que propostas e soluções sejam apontadas. Os moradores que quiserem alguma resposta da prefeitura pode acionar a Ouvidoria 162.