No período do carnaval temos que ficar atentos com a saúde, para que uma intercorrência médica não nos tire da maratona de festas. Na lista de recomendações entram cuidados com a pele, olhos, crianças e muito mais. As dicas também servem quando o assunto é audição. Especialista da Unimed Vitória alerta, principalmente, para alguns cuidados que devemos ter na hora de cair na folia próximo a instrumentos musicais ou carros de som, por exemplo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sons acima de 85 decibéis já são considerados prejudiciais à saúde auditiva se o tempo de exposição ao barulho for prolongado. No Carnaval, as medições chegam a apontar 120 decibéis, uma intensidade sonora que se aproxima a de uma turbina de avião. “A maioria dos trios elétricos é capaz de atingir a intensidades sonoras maiores de 100-120 decibéis. Para se ter noção, a nossa exposição média a um som de 105 decibéis não deve ultrapassar 1 hora/dia”, diz o médico otorrinolaringologista da Unimed Vitória, Giulliano Enrico Ruschi e Luchi.
Como não temos como controlar o volume da música em cada trio elétrico, o médico indica o uso de proteção auricular, bem como a intercalação a exposição ao som. Segundo Luchi, uma vez lesadas, as células chamadas ciliadas (da nossa orelha interna) podem ser danificadas definitivamente, trazendo prejuízos auditivos como surdez, zumbido, tonturas e até sintomas não auditivos, como insônia e irritabilidade.
O especialista faz um último alerta: “se depois de um período de exposição sonora a pessoa sentir que o incômodo no ouvido persiste, é preciso procurar um especialista para verificar os possíveis danos causado”, explica.