Um adolescente de 16 anos nascido em Vila Velha ficou gravemente ferido no incêndio que atingiu o Centro de Treinamento do Flamengo na madrugada desta sexta-feira (08). Jhonatan Cruz Ventura está internado em estado grave, com 40% do corpo queimado.
Jhonatan atua como zagueiro no time de base. O atleta passou por uma cirurgia no Hospital Lourenço Jorge, e depois foi transferido para o Hospital Pedro II, referência no tratamento de queimados.
Os outros dois feridos são Cauã Emanuel, de Fortaleza, e Francisco Diogo, que é goleiro da base rubro-negra e, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, está fora de perigo.
A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) cancelou toda a rodada do Campeonato Carioca deste final de semana. Flamengo e Fluminense jogariam amanhã, às 19h, enquanto Vasco e Resende se enfrentariam no domingo, às 17h. Os jogos, que estavam marcados para o Maracanã pelas semifinais da competição, acontecerão no próximo meio de semana.
O governo do Rio de Janeiro decretou luto de três dias em respeito às vítimas do incêndio e o governador Wilson Witzel determinou uma investigação minuciosa das causas do incêndio.
Estacionamento
A área onde ficava o alojamento que pegou estava descrita como “estacionamento”, de acordo com a Prefeitura do Rio de Janeiro. “A área de alojamento atingida pelo incêndio, não consta do último projeto aprovado pela área de licenciamento, em 05/04/18, como edificada”, diz trecho da nota. Ou seja, na prática, o clube não tinha permissão do governo municipal para manter o alojamento naquele espaço. “No projeto protocolado, a área está descrita como um estacionamento”.
A Prefeitura informou ainda que “vai determinar a abertura de um processo de investigação para apurar as responsabilidades”.
Sem aprovação
O Ninho do Urubu não estava com a documentação regularizada junto ao Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, o local não possuía o Certificado de Aprovação (CA), documento que atesta que a instalação está de acordo com a legislação vigente no que diz respeito a dispositivos contra incêndio.
A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros Militares do Rio de Janeiro (CBMERJ), que ressaltou, contudo, que isso não significa que o CT não fosse seguro. “Importante esclarecer que a não existência do CA não significa, por si só, que o local não possuía os dispositivos, e sim que não era aprovado pelo CBMERJ”, ressaltou a corporação.
Os bombeiros informaram ainda que o CA “não se trata de alvará de funcionamento (documento exigido para estabelecimentos comerciais) ou habite-se (para imóveis residenciais). Esses documentos são emitidos pela Prefeitura do Rio de Janeiro”, mas que o documento faz parte de um processo de legalização de edificações que envolve outros órgãos.
E o C,A não quer dizer que o ct não era, o que diz que ele não era seguro é o incêndio e principalmente os mortos que ele deixou.