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Festival de Cinema de Vitória tem seis filmes na Mostra Competitiva Nacional de Longas

festival-vitoriaO Festival de Cinema de Vitória completa 25 anos com uma nova safra de longas-metragens, que serão exibidos no Teatro Carlos Gomes, no Centro de Vitória, entre os dias 3 e 8 de setembro. Seis filmes integram a 8ª Mostra Competitiva Nacional de Longas e concorrem ao Troféu Vitória em diversas categorias.

Janela que acompanha o crescimento dos projetos dos realizadores e o que há de mais recente na produção nacional, a Mostra Competitiva Nacional de Longas oferece um panorama do cinema autoral para o público entrar em contato com filmes que, muitas vezes, não integram o circuito comercial das salas de cinema.

A produção recente do cinema nacional está representada na 8ª Mostra Competitiva Nacional de Longas pelos filmes: A Mata Negra (ES), de Rodrigo Aragão, Pastor Cláudio (RJ), de Beth Formaggini, Neville D’Almeida – Cronista da Beleza e do Caos (RJ), de Mario Abbade, A Chave do Vale Encantado (RJ), de Oswaldo Montenegro, Diante dos Meus Olhos (ES), de André Felix, e A Cidade dos Piratas (SP), de Otto Guerra.

Os seis filmes concorrem ao Troféu Vitória nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Contribuição Artística e Melhor Interpretação. O resultado da premiação será anunciado na noite de encerramento do festival, no dia 8 de setembro, às 21h30.

A curadoria da Mostra Competitiva Nacional de Longas ficou a cargo de dois especialistas. Um deles é Rodrigo Fonseca, crítico de cinema titular do blog P de Pop do jornal “O Estado de S. Paulo” e colunista do site Omelete. Fonseca também é roteirista da TV Globo, onde participa como mediador em eventos de desenvolvimento artístico, e foi o curador do Cine PE – Festival de Cinema de Pernambuco em 2015 e 2016. É ainda autor de livros, entre eles “Meu Compadre Cinema – Sonhos, Saudades e Sucessos de Nelson Pereira dos Santos” (2005) e “Cinco Mais Cinco – Os Melhores Filmes em Bilheteria e Crítica” (2007), com Carlos Diegues e Luiz Carlos Merten, e o romance “Como Era Triste a Chinesa de Godard” (2011).

Ao lado de Rodrigo, a colunista e crítica de cinema Ana Carolina Garcia Brito assume a curadoria da mostra de longas. Ana Carolina é formada em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, a jornalista carioca lançou seu primeiro livro, “A Fantástica Fábrica de Filmes – Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema”, pela Editora Senac Rio. Membro da Academia Guarani de Cinema Brasileiro, ela também participou de catálogos e mostras de cinema nos últimos anos, inclusive como assistente de curadoria. É comentarista de cinema da Rádio SRZD desde maio deste ano.

Filme a filme

Nesta edição, o Festival de Vitória traz figuras representativas da invenção e da provocação, cercado por produções das mais variadas latitudes, que preservam também uma centelha criativa de autoralidade. É um painel do que o cinema brasileiro faz de mais vívido, leve, rebelde e prazeroso.

O primeiro longa a ser exibido na tela do Teatro Carlos Gomes, na segunda às 21h (3 de setembro), é o documentário Pastor, de Beth Formaggini. O filme mostra o encontro do psicólogo e ativista Eduardo Passos com o pastor Cláudio Guerra, responsável por assassinatos, desaparecimento e ocultação de cadáveres de opositores da ditadura civil-militar no Brasil. Lançado em 2017, o documentário foi exibido em festivais nacionais e internacionais, como o Festival do Rio e o Festival de Havana.

Já na terça (4 de setembro), a partir das 20h30, o público assiste ao terror A Mata Negra, quinto filme do capixaba Rodrigo Aragão. Na trama, uma garota encontra o Livro Perdido de Cipriano no meio de uma floresta, capaz de libertar um grande mal sobre a Terra. A exibição na 8ª Mostra Competitiva de Longas será apenas a segunda vez do filme na telona – o longa passou no XIV Fantaspoa, festival dedicado ao gênero fantástico, realizado em maio desde ano em Porto Alegre.

O terceiro dia da mostra conta com um documentário repleto de imagens raras de arquivo. Trata-se de Neville D’Almeida – Cronista da Beleza e do Caos, de Mario Abbade, marcado para as 20h30 de quarta-feira (5 de setembro). O filme resgata a importância do artista plástico e cineasta Neville D’Almeida, criador, ao lado do artista Hélio Oiticica, da obra pioneira Cosmococas. O documentário participou do Festival Internacional de Roterdam e do É Tudo Verdade, festival dedicado ao gênero.

Na quinta-feira (6 de setembro), às 21h, o público da mostra vai conferir o lançamento de A Chave do Vale Encantado, filme inédito do cantor e compositor Oswaldo Montenegro. O longa é inspirado em um livro do autor voltado para o público infantil, lançado em 1994, e que também deu origem a uma peça teatral. No filme, personagens que habitam os sonhos das crianças tentam ultrapassar a barreira da imaginação e cair no mundo real.

Na sexta-feira (7 de setembro), às 20h, uma animação ocupa o Teatro Carlos Gomes. A Cidade dos Piratas, de Otto Guerra, aporta no festival para contar a história de um diretor de cinema em crise criativa, que passa a misturar realidade e ficção quando decide narrar seu próprio drama.

A última noite da 8ª Mostra Competitiva de Longas recebe a estreia nacional de Diante dos Meus Olhos, de André Felix, no sábado (8 de setembro), às 19h. O documentário resgata uma página importante da música popular brasileira: a banda capixaba Os Mamíferos, surgida nos anos 1960, no seio da contracultura. O filme foi exibido recentemente no 36º Festival Cinematográfico Internacional del Uruguay.

Uma realização da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA), a 25ª edição do Festival de Cinema de Vitória acontece de 3 a 8 de setembro deste ano em Vitória-ES. Este evento tem o patrocínio do BRDE, do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), da Ancine e da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, e conta com o apoio institucional da Rede Gazeta e do Canal Brasil.

8ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS-METRAGENS

25º Festival de Cinema de Vitória

De segunda a sábado (3 a 8 de setembro)

Teatro Carlos Gomes – Centro de Vitória (ES)

Entrada gratuita

Segunda-Feira – 3 de setembro | 21h:

Pastor Cláudio (DOC, 76’07’’, RJ), de Beth Formaggini. Conversa entre o bispo evangélico Cláudio Guerra, ex-chefe da polícia civil que assassinou e incinerou militantes que se opunham à ditadura, e Eduardo Passos, psicólogo militante dos direitos humanos.

Terça-Feira – 4 de setembro | 20h30

A Mata Negra (FIC, 99’21’’, ES), de Rodrigo Aragão. Numa floresta do interior do Brasil, uma garota vê sua vida – e de todos ao seu redor – mudar terrivelmente quando encontra o Livro Perdido de Cipriano, cuja Magia Sombria, além de outorgar poder e riqueza a quem o possui, é capaz de libertar um terrível mal sobre a Terra.

Quarta-Feira – 5 de setembro | 20h30

Neville D’Almeida – Cronista da Beleza e do Caos (DOC, 106’20’’, RJ), de Mario Abbade. Por entre imagens raras de arquivo, inúmeras entrevistas, vasto material de arquivo iconográfico e audiovisual, o projeto busca resgatar o papel do cineasta Neville D’Almeida, artista que foi consagrado como autor de obras polêmicas e o diretor mais perseguido pela censura da ditadura militar brasileira. Além de cineasta e autor, Neville é artista plástico e foi responsável, ao lado de Hélio Oiticica, pela criação de uma videoinstalação pioneira e marcante na história da arte com a obra Cosmococas.

Quinta-feira – 6 de setembro | 21h

A Chave do Vale Encantado (FIC, 89’43’’, RJ), de Oswaldo Montenegro. N’O Vale Encantado, os personagens das histórias infantis levam uma vida normal. Cada vez que uma criança do mundo real vai sonhar, eles são convocados para entrar no sonho daquela criança, interpretando as aventuras como a gente conhece. Quando a criança acorda, eles voltam para O Vale Encantado. O único que conhece o nosso mundo é o Papai Noel, quando vem trazer os presentes no Natal. Mas ele proíbe os personagens de virem até aqui, o que gera um grande conflito.

Sexta-Feira – 7 de setembro | 20h

A Cidade dos Piratas (ANI, 89’07’’, SP), de Otto Guerra. Um diretor de cinema se vê diante de uma situação complexa na produção de seu longa: o autor da história passa a negar os personagens principais da trama. Em uma tentativa desesperada de terminar o filme, ele decide contar seu drama, criando um labirinto caótico entre a ficção e a vida real.

Sábado – 8 de setembro | 19h

Diante dos Meus Olhos (DOC, 81’, ES), de André Felix. 45 anos após a dissolução da banda Os Mamíferos, Marco Antonio, Afonso e Mario Ruy vivem um cotidiano simples. Em meio às luzes da cidade, recordam suas glórias e fracassos e ajudam a recuperar um fragmento fundamental da música popular brasileira.

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