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Família de PM preso após greve realiza protesto no ES

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Viatura foi colocada na porta do Quartel da Polícia Militar, em Maruípe, onde familiares protestaram pela soltura de soldado preso. Foto: Thais Rossi

Familiares do soldado Nero Walker da Silva Soares, preso desde o dia 16 de junho, protestaram, nesta segunda-feira (22), na porta do Quartel Geral da Polícia Militar, em Vitória, pela soltura dele.

O PM é um dos 22 denunciados pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) por participação no movimento que paralisou as atividades da Polícia Militar, em fevereiro de 2017.

Nero Walker foi preso no bairro Amarelos, em Cachoeiro de Itapemirim, e chegou a transmitir o momento ao vivo, em uma rede social. A mãe, Sônia Regina Lima, diz que ele luta pela ‘valorização dos soldados da PM’ e estava afastado das atividades há mais de um ano quando a greve aconteceu. “Ele briga por uma causa justa e fala a favor dos irmãos de farda. A classe é desvalorizada. Ninguém nunca fez nada e mudou o sistema”.

Uma das acusações é que Nero Walker teria feito postagens nas redes sociais criticando o Governo do Estado. Para a família, ele foi censurado. “Preso, ele não pode postar nada. Mas eu posso, e a família também. Não vamos nos calar. Se algo errado incomoda a mim e a meu próximo, eu vou postar sempre. Luto por um ideal”.

Sônia disse que o filho fazia tratamento psicológico antes da greve. Ele tem um pedido feito pelo médico que o acompanha para ser consultado todas às quintas-feiras. Ms, segundo a família, isso nem sempre isso acontece. “Ele fazia esse tratamento há quase ano, devido ao sistema, que é difícil e dificulta para o soldado”.

Ainda segundo ela, todos os Habeas Corpus foram negados a Nero Walker sem justificativa. O PM completa 24 anos nesta segunda. “Nunca fiquei longe do meu filho. Eu o eduquei para ser honesto, do bem e íntegro. Talvez se eu tivesse ensinado a ser injusto, corrupto e do mal, hoje ele seria um comandante geral, o supremo poder. Mas ele não é e nunca vai ser. Ele honra a educação que eu dei”, afirmou Sônia Regina.

Uma audiência do caso está marcada para esta terça-feira (23), às 13h, no Fórum Militar, que fica no Centro de Vitória.

PM

A Polícia Militar respondeu por nota que a prisão do soldado Nero Walker se deu em decorrência da prática de diversos crimes de natureza militar. Afirmou que desde os acontecimentos das manifestações ocorridas em fevereiro, ele vinha, reiteradamente, através das redes sociais, incitado a desobediência, difamando, caluniando, censurando e acusando de forma infundada autoridades do Estado e da própria PMES, num ataque intencional e cruel à instituição militar, que é patrimônio do povo capixaba.

Segundo a PM, as ações atentam contra o ordenamento jurídico militar, com vastas provas de autoria. Entre as acusações estão os Artigos 155, 160, 166 e 215, todos do Código Penal Militar, com penas que atingem até quatro anos de prisão.

A Polícia Militar disse ainda que tem buscado administrar o desenrolar dos acontecimentos de forma ética e em atenção aos direitos humanos, no que diz respeito à preservação da dignidade dos militares envolvidos. Contudo, não pode permitir ataques reiterados a sua história e aos valorosos homens e mulheres que a honram diariamente, garantindo a segurança do cidadão capixaba, e responderá exemplarmente a fim garantir a preservação de seus valores, fundamentais para sua existência e manutenção da ordem pública.

 

 

 

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