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Estudantes da Ufes protestam contra a ocupação de prédio em Maruípe

ufes3 Alunos da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) do campus de Maruípe, em Vitória, ocuparam um prédio da instituição nesta terça-feira (8) e estudantes contrários ao movimento reagiram nesta quarta (9) pedindo a desocupação para voltarem a ter aula normalmente. A polícia militar foi chamada no local por uma professora que se dizia coagida e um vidro do prédio foi quebrado pelos estudantes ocupantes.
De acordo com o estudante do curso de Ciências Contábeis Raphael Simões, 24, a manifestação contra ao movimento começou quando alguns estudantes resolveram ocupar a instituição sem o apoio da maioria. No local há oito curso e apenas alunos de três deles estavam a favor da ocupação. “Para a ocupação de um prédio onde tem salas de aula e tudo, tem que ser um consenso entre a maioria dos estudantes que utilizam aquele local. Aqui não, então ficou uma situação desagradável e teve esse enfrentamento”, completa.
Também do curso de contábeis, Breno Garcia, 20, falou que o espaço, o prédio Básico I, foi tomado por apenas 20 pessoas, e que universitários da área da saúde, contrários, querem impedir a continuidade da ocupação. “A galera a favor da ocupação viram que era minoria e correu para dentro do prédio. As outras pessoas, contra, foram também para não deixar que a porta fosse fechada”, explica.
Ele conta que a Polícia Militar foi chamada, supostamente por uma professora a favor do movimento. “Ela fez uma simulação falando que estava oprimida no local, aí a polícia chegou, fez um cordão para ela entrar, porque ela queria escolta. A polícia ficou lá dentro, com ela. O grupo não conseguiu terminar a assembleia e ficou nesse impasse. Vai ter uma reunião com a diretora do Centro da Saúde com os representantes para dialogar”, completa.
{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2016/11/09/70x70/1_ufes5-203711.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'58237668e0a3a', 'cd_midia':203711, 'ds_midia_link': 'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2016/11/09/ufes5-203711.jpg', 'ds_midia': '', 'ds_midia_credi': 'Larissa Barcelos', 'ds_midia_titlo': '', 'cd_tetag': '3', 'cd_midia_w': '350', 'cd_midia_h': '210', 'align': 'Right'}Para a estudante de medicina, Ana Daniele Rodrigues, 26, a preocupação é que, no mesmo prédio há setores de pesquisas. Ela teme que os ocupantes destruam. “Tem salas de pesquisas, laboratórios, ratos, sala de microbiologia, amostras de bactérias, outras coisas, são pesquisas de anos que podem ser jogadas fora”, afirma.
Ela diz que no início os estudantes só entraram no prédio e pediam para fechar a porta do local, mas com o passar do tempo eles começaram a empilhar as cadeiras nas janelas. “Quando começou a empilharem pedimos a polícia para fazerem uma vistoria. Eles disseram que não havia acontecido nada mas é o nosso prédio e a gente está vendo a nossa segunda casa sendo quebrada”, conclui.
{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2016/10/27/70x70/1_ocupacao2-201907.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'58122ccd6593e', 'cd_midia':201907, 'ds_midia_link': 'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2016/10/27/ocupacao2-201907.jpg', 'ds_midia': '', 'ds_midia_credi': 'Larissa Barcelos', 'ds_midia_titlo': '', 'cd_tetag': '3', 'cd_midia_w': '350', 'cd_midia_h': '206', 'align': 'Left'}Ocupação nas escolas
Assim como na Ufes, há escolas públicas da rede estadual ocupadas no Espírito Santo desde 21 de outubro. Eles fazem parte do movimento ‘Ocupa Escola’ em protesto a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241. O movimento já chegou a 60 escolas ocupadas, mas com ações judiciais movidas pelo Governo do Espírito Santo e a União, atualmente, aproximadamente 26 escolas já foram totalmente desocupadas e 20 escolas retomaram as atividades letivas, mas permanecem com manifestações dentro das unidades. Os estudantes também são contra a reforma do ensino médio.
Pela decisão da Justiça, somente os alunos e funcionários das instituições de ensinos ocupadas poderão permanecer nos espaços acadêmicos e, ainda assim, deverão ficar em locais que não impossibilitem a realização das aulas. Os demais deverão deixar as escolas em um prazo de até 24 horas após serem notificados.
O presidente da União dos Estudantes Secundaristas do Espírito Santo (UESES) Luiz Felipe Costa, 19 anos, comenta que o movimento irá permanecer e com acréscimo de pautas. “Foi decidido que teremos comissões, foram divididas algumas comissões, não dentro de cada escola, mas cada uma com sua especificidade e com sua dinâmica. Continuamos firmes e incluindo pontos de pautas, como por exemplo, incluir a questão da eleição direta para diretor e a criação de uma universidade estadual”, explica.
Ele também fala que a decisão tomada para que os estudantes que não estão matriculados nas escolas ocupadas se retirem do local, foi uma tentativa de boicotar o movimento e reduzir a força que eles estavam criando. “Ao contrário do que dizem, os movimentos de ocupação são muito organizados. E para um aluno permanecer na escola é preciso está uniformizado e participem das oficinas, rodas de conversa, enfim, existem uma organização por trás das ocupações”, afirma.
Luiz Felipe ainda fala que eles vão respeitar e se enquadrar as decisões tomadas, mas em relação as multas, ele acredita que quem deve arcar com os prejuízos de não ter aulas para os estudantes contrários ao movimento, é a secretária de educação. “Quem cancelou as aulas foi a Sedu, isso foi uma perca para os estudantes. Também quem não puder permanecer nas escolas irão ajudar de diversas outras formas, com mantimentos, dando suporte como puderem”, finaliza.

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