A inadimplência das famílias de Vitória registrou queda pelo terceiro mês consecutivo. A proporção daquelas que declararam ter pelo menos uma conta ou dívida em atraso de pagamento ficou em 42,3% do total de famílias de Vitória, sendo 1,0 ponto percentual (p.p.) abaixo do registrado em julho. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC), com análise regional da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES).
O presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, destaca que mesmo com a terceira queda consecutiva, considera que o índice ainda está num patamar alto. “O desemprego ainda é fator preponderante nesse cenário, pois é o maior desafio na busca pela recomposição da renda das famílias. O mercado de trabalho tem evoluído em comparação com os últimos três anos, no entanto, diante de um ambiente de incertezas e de uma recuperação lenta, a atividade econômica não tem conseguido ter um dinamismo capaz de produzir avanços mais significativos”, explica.
Já o endividamento dos capixabas, depois de uma alta em julho, recuou para 68,1% em agosto, permanecendo na casa dos 60%, patamar na qual se encontra desde março de 2018. O número corresponde a 88 mil famílias da capital do Espírito Santo. Em relação a agosto de 2017, o endividamento ficou -8,4%.
Cartão de crédito
Após quase um ano em outras posições do ranking, o cartão de crédito voltou a representar no mês de agosto o principal tipo de dívidas das famílias da capital (49,1%). Os carnês apareceram em segundo lugar com 46,0% e o crédito pessoal representou 42,9%.
O levantamento ainda ressalta que, relativamente mais dependentes da soma da renda familiar mensal, as famílias de menor renda sofrem em maior proporção o impacto da perda de empregos de parte de seus integrantes.
Entre os endividados, a parcela de comprometimento da renda mensal com dívidas (cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês, empréstimo pessoal, prestações) ficou, em média, em 13,8%. As famílias que se encontram inadimplentes afirmaram que o pagamento está atrasado, em média, há 62 dias. Ainda, segundo eles, sua renda estará comprometida com essas dívidas pelos próximos 6 meses, em média.