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Entre fantástico e surpreendente, a narrativa feita pelo notável economista capixaba, Ernane Galvêas, ex-ministro da Fazenda nos períodos mais difíceis da vida brasileira, entre 1964 e 1985, quando passou por importantes funções de destaque, sendo um dos maiores conhecedores dos variados aspectos da economia nacional.
Em “As Crises da Minha Vida” Galvêas relata os acontecimentos mais importantes que participou na condução da economia nacional, com irreprovável retidão e amor pelo país.
A trajetória de Ernane Galvêas, no trato direto da economia nacional começou em 1961, quando deixou a Sumoc – Superintendência da Moeda e do Crédito para assessorar diretamente ministros da fazenda, ou do Planejamento de vários governos, como Clemente Mariani, Santiago Dantas e Celso Furtado. Trabalhou também muito próximo aos ministros Roberto de Oliveira Campos e Otavio Gouveia de Bulhões, de 1964 a 1967. Em 1967 foi alçado pela primeira vez a presidente do Banco Central, sucedendo ali Dênio Chaga Nogueira e Rui Aguiar da Silva Leme, que haviam sido o primeiro e o segundo presidentes do banco, época em que era ministro da fazenda Delfim Netto.
Em 1974 migrou para a iniciativa privada, como presidente da Aracruz Celulose. Voltou posteriormente ao Banco Central em agosto de 1979, quando o ministro e ex-diretor da EPGE, Mário Henrique Simonsen, deixou o Ministério da Fazenda, conjuntamente ao então presidente do Banco Central, Carlos Brandão. Ele permaneceu no Banco Central como presidente pela Segunda vez em sua carreira, de agosto de 1979 até janeiro de 1980, quando assumiu o cargo de ministro da Fazenda, em substituição a Karlos Heinz Rischbiter. Nesse posto permaneceu até agosto de 1985, quando se encerrou o governo João Batista Figueiredo.
As mais importantes decisões relacionadas com economia nacional passaram, a partir de 1961, quando Ernane Galvêas deixou a Sumoc e passou a assessorar ministros da Fazenda e do Planejamento, de vários governos, inclusive Clemente Mariani, Santiago Dantas, celso Furtado e Roberto Campos, com os quais criou grandes laços de amizade.
Homem de raro saber, de uma cultura invejável, de uma transparência em toda sua vida pública que serve como modelo de responsabilidade pelos negócios da vida pública nacional.
Passei a construir uma grande amizade com notável professor Ernane Galvêas quando ele foi presidente da Aracruz Celulose, em torno de 1974, contando com a amizade que o governador Arthur Carlos Gerhardt Santos mantinha com ele e, com secretário executivo da Suppin passei a me relacionar com o grande brasileiro recentemente homenageado pela Fundação Getúlio Vargas.
FONTE: JORNAL A GAZETA