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Carlos Manato, candidato ao Governo do ES: “Sou ‘kamikaze’ de Bolsonaro”

manato e bolsonaroO deputado federal Carlos Humberto Mannato, o Manato (PSL), não esconde que um de seus dois objetivos em concorrer a governador do Espírito Santo nas eleições de 7 de outubro, é fazer palanque para Jair Bolsonaro, candidato a presidência da República pelo PSC. “Uma linha é lealdade e fidelidade a um projeto nacional. Eu sempre disse que sou ‘kamikaze’ de Bolsonaro. Outra coisa é que eu tenho o melhor projeto para o Estado”, afirma ele, que, assim como o presidenciável, defende o armamento da população.

Representando o Estado na Câmara Federal desde 2003, o deputado completa o seu quarto mandato destacando o combate à corrupção como sua principal contribuição. Dentre os polêmicos projetos votados em seu último mandato, ele foi contrário à reforma trabalhista, mas votou a favor da PEC 241 (dos Gastos Públicos) e é favorável à reforma da previdência. Também votou favorável à abertura de investigação contra o presidente Michel Temer.

Sobre as polêmicas que o envolveram na crise da segurança pública no Espírito Santo, ele afirmou que não participou, a não ser pedindo para envolvidos negociarem. E afirmou que, caso tome posse, logo no dia 2 de janeiro assinará a anistia administrativa dos militares envolvidos, cujo projeto afirma estar engavetado na Assembleia Legislativa do ES.

Dentre as medidas que pretende tomar no Estado estão o enxugamento de 20% das secretarias e cargos comissionados, fim de privilégios na residência do governador, melhor as condições da polícia, combater as drogas na fronteira, continuar e aperfeiçoar o projeto Escola Viva, integrar Cultura e Turismo, dentre outros. Na área de saúde, Manato, que é médico e já teve cargos de diretoria em grandes hospitais privados e estatais no Espírito Santo, pretende fazer mutirões para esvaziar a espera por cirurgias de urgência e emergência.

ESHOJE: Você está em seu quarto mandato como deputado federal. Fale um pouco da sua história na política.
Manato: Em 2000, (Sérgio) Vidigal me chamou para coordenar a campanha dele. Estava saindo da diretoria presidente do (hospital) Metropolitano, e aceitei o desafio. Foi uma coordenação bem feita, não usei nem contador pra prestar conta, eu mesmo que fiz a prestação de conta. Ele ficou impressionado com aquilo e me convidou para fazer parte do secretariado dele. Eu falei que faria parte desde que não fosse secretário de Saúde. Não quero trabalhar com médico. Estava com muita experiência com médico e queria modificar. Ele me entregou a secretaria de Serviços Urbanos. E ali foi a minha primeira escola. E pude enxergar e ver a pobreza da Serra, como tem gente carente, como tem lugares carentes. Fez a minha visão de ver o lado humilde, o lado humano. Aí começou o rumor dentro do partido que precisa de deputado estadual e que eu deveria ser deputado estadual e a mulher de Vidigal era federal. Eu dizia: “Eu sou leal a Vidigal, quem decide é Vidigal. O que ele decidir, está decidido”. Aí que começou minha história política. Primeiro mandato começou em 1º de fevereiro de 2003. São quatro mandatos consecutivos.

Nesses quatro mandatos o que o senhor destaca como principais feitos?
Combate à corrupção, não estar envolvido em qualquer ato de corrupção, ficha limpa em 16 anos, não respondo a nenhum processo na Justiça, projeto de lei aprovado. Lei aprovada, sancionada pelo presidente Michel Temer. Sem falar da responsabilidade. Único deputado federal que tem 13 anos consecutivos que não falta uma sessão. Só tem eu, não tem um segundo. Fui premiado agora segunda-feira (13) como deputado destaque do Congresso Nacional pelo Congresso em Foco. Foram dois prêmios: um dos projetos na área de advocacia, que foi esse projeto, e também entre os 15 melhores deputados do Brasil. Então são feitos que a gente guarda votando com coerência, mesmo contra o partido. Mesmo contra o meu partido eu votei para caçar Dilma, coerente, porque acho que estava muita corrupção. Eu votei para caçar Eduardo Cunha, mesmo que o partido tenha sido um aliado dele para ganhar a presidência da mesa – mesmo que naquela época não tivesse os atos de corrupção dele. Votei duas vezes para seguir a investigação de Temer. Fui corregedor da Câmara dos Deputados, melhor corregedor da história, que teve punição a deputado como advertência escrita. Já fui membro da Mesa três vezes, hoje sou membro da Mesa. Sou deputado federal que mais presidiu sessão no Brasil, mais do que Rodrigo Maia, sou eu. Então é uma história parlamentar diferente. Hoje sou o 8º deputado do Brasil que influencia nas redes sociais, apesar de ninguém divulgar.

Se fosse escolher um projeto de lei seu emblemático na Câmara, qual você escolheria?
Foi agora em 2018. Foi o ponto alto, de ter um projeto de lei aprovado. A lei que aumentos as multas, aumentou as penas das multas, agora pessoa que está bêbada não precisa fazer o bafômetro, é a parte clínica só.

Como foi a sua votação quanto à Reforma Trabalhista e o que acha da legislação?
Eu estava num partido de esquerda e você tem que acompanhar o partido. Me posicionei contra a reforma trabalhista naquele momento em algumas coisas, mas fui favorável para acabar com o imposto sindical. Então acho que uma das melhores coisas da reforma trabalhista foi o imposto sindical acabar. Você pode ser sindicalizado, mas você paga se você quiser. Obrigar faz isso virar uma indústria de sindicatos. Aqui temos 16 mil sindicatos. Mas tem aspectos bons: a livre negociação entre patrão e empregado, a liberdade de carga horária, ter mais condições de férias. Eu sou favorável a isso, me posicionei partidariamente, mas falei com o partido que eu sou totalmente a favor que acabe com o imposto sindical. Observe que 50% dos processos na Justiça já caíram, porque eu votei favorável à terceirização, contra o partido. Não gostaram e me deram uma advertência, porque metade dos processos trabalhistas era da terceirização, que não estava clara. Como está claro agora, despencou as ações trabalhistas.

Qual é sua visão relacionada à reforma da previdência?
Tem que acontecer. Está engavetada, não foi votada, parou-se por causa da intervenção militar no Rio de Janeiro, mas tem que ser votada. Qualquer presidente que vier tem que votar a reforma da previdência. Eu sempre achei que o governo Michel Temer não tem legitimidade para fazer a Reforma de Previdência. Um governo altamente corrupto, que está no final. Algumas coisas têm que ser feitas antes para entrar na Reforma da Previdência. Ela tem que ser um novo Congresso, novo presidente, com novas ideias, a partir duma auditoria.

Teve a PEC 241, do congelamento dos gastos. Qual foi sua visão?
Votei favorável. Você congela gastos e corrige pela inflação. Com isso, os deputados, a classe política não vai poder aumentar acima da inflação os salários, todo mundo queria ganhar teto de tudo. Então tem um limite. A Câmara hoje tem um limite. Se aumentar e corrigir salário de deputado, vai ter que tirar de outro lugar. Então liberou-se em algumas áreas, tirou algumas áreas, tipo educação, coisas que tem algumas brechas, e limitou. Então acho que tem que limitar. Porque ano que vem vai explodir a previdência em 100% dos estados. Ninguém tá debatendo isso, mas vai acontecer uma bomba.

manato na camaraPor que o senhor desistiu de concorrer à reeleição para enfrentar corrida ao Governo do ES?
Eu sempre fui deputado federal, porque nunca tive oportunidade. Em 2004 eu era a bola de vez para ser prefeito da Serra. Estava em primeiro lugar dentro do partido: tinha 13%. O primeiro lugar geral era João, que tinha um recall comigo, mas sabia que em uma semana de campanha eu passava para primeiro lugar apoiado por Vidigal. O Vidigal optou, ele disse o candidato seria o que estivesse melhor nas pesquisas e não cumpriu. Eu fui preterido para ser candidato a prefeito, em 2004. O Foro de São Paulo reunido em 2010 não me quis para ser vice de (Renato) Casagrande. Fizeram uma máfia. Quando você não quer botar pessoas, bota 14 partidos para decidir quem é, você tem 12 na mão e sabe quem vai ser. Então só fui Legislativo, porque não tive oportunidade de ser Executivo. Agora, em 2018, tem duas linhas. Uma linha é lealdade e fidelidade a um projeto nacional. Sou leal, quando falo que vou fazer, você escreve e me cobra que eu vou fazer. Eu sempre disse que eu sou kamikaze de Bolsonaro, e o projeto nacional é um projeto interessantíssimo e eu vim para o PSL para um projeto nacional. Quando você vem num projeto não pode ter vaidade, não pode ter projeto seu, é projeto nacional. Como vi que Bolsonaro, com a candidatura que estava tinha dois segundos no Espírito Santo e o grupo que eu conversei uma hora na sexta-feira e duas horas no sábado disse o seguinte: “você atrapalha na federal. Você não fecha na coligação federal porque uma vaga é sua”. O Espírito Santo sabia que a minha chance de ganhar é muito grande. A taça estava perto. Então para desafogar a taxa de federal, você tem que vir como governador. Aí Bolsonaro passava de dois segundos para 18 segundos em cada inserção. O maior tempo do Brasil para Bolsonaro. Então esse foi um ponto.

Segundo ponto: eu, desde março, estou escrevendo um programa de governo para o Espírito Santo. Estou escrevendo um programa de governo para o PSL. Eu escrevi 80%. Ouvi muitas pessoas, peguei muitas ideias que não eram fantasiosas. Tinha já um programa de governo pronto. Eu vou encarar. Não vou aceitar que o Foro de São Paulo, que está lá discutindo com 18 partidos e fazendo programa de governo pela internet. O meu não. O meu veio com coração, com 37 anos de médico, 16 anos de experiência como deputado federal, de ter sido executivo, diretor clínico do Dório Silva, diretor geral do Dório Silva, Secretário da Serra, diretor presidente do Hospital Metropolitano… peguei toda a minha experiência e joguei no projeto. E você vai ver que é o melhor.

Quais são os principais pontos do plano nacional que você pretende implantar no Espírito Santo, caso seja eleito?
Combate à corrupção, transparência nos atos públicos, enxugamento da máquina administrativa, cortar 20% dos cargos de secretário, 20% dos cargos comissionados. Hoje são 24 secretários e no máximo terá 20, entre fusões e extinção. Secretário, diretores, autarquia, vai tudo vir trabalhar com o carro dele. Outra coisa: os meus secretários não vão poder começar o projeto e no meio querer concorrer para 2020, largando todo mundo para trás e começar do zero. Isso é descontinuidade, é da esquerda. Estou fora disso. No máximo, vou permitir que discutamos 2022. Dá uma olhada nos gastos da residência do governador: 20 toneladas de comida para residência. Vou diminuir o quantitativo de funcionários e somente de segunda a sexta, em horário comercial. Tudo o que tiver de alimento e bebida da casa do governador será retirada e levada ao Palácio Anchieta. Fica proibido a compra de alimento perecível, comestível e refrigerante e bebida alcoólica para a casa do governador. Fica proibido funcionário trabalhar sábado e domingo na casa do governador. Qual é o problema de eu comprar minha comida? Você não tem que pagar minha mordomia.

manato e vicaComo foi a construção da coligação em que o PSL se une a PR e PRB?
Nós dois (Manato e Amaro Neto) estávamos no Solidariedade. Ele se aproximou muito do Governo e eu me distanciei. Então começou a ter uma rota de colisão de ideias, ele cada vez mais governista e eu cada vez mais não-governista, respeitando o governador Paulo Hartung, que eu acho que é um grande governador. Ele está comigo agora. Ele foi com Rose e fizeram um compromisso comigo: “Manato, nós vamos viabilizar a candidatura do Amaro, no Senado, onde for melhor pra ele. Se não der certo e vier para federal, por questão de amizade, vamos conversar com você”. Foi isso que aconteceu. Estava sexta à noite em casa, me preparando para ir para Muqui no sábado, olhando na internet e vejo: PRB rompe com Rose. Depois foi o PSD. Quando vi aqui, peguei o telefone e falei: “Roberto (Carneiro), qual foi o nosso acordo?”. Aí foram lá e perguntei: “o que vocês querem?”. Eles responderam: “uma boa chapa, uma boa coligação para estadual e federal”. Falei: “isso eu tenho”. PR, PSL, vocês e Solidariedade se interessaram. Conversei com Magno, e ele aceitava PR, PSL e Solidariedade. Mas aí, no meio do caminho, Jorge Silva, mais calmo, mais tranquilo, quis pensar muito, mas o tempo era curto para pensar. Quando ele não entrou no grupo, ficou PR, PSL e PRB. Essa chapa ficou muito forte, mas fazia três: Amaro, Lauriete e Manato. O Rodney e Gilsinho ficaram sem chances de disputar e o Magno tinha um compromisso, que Gilsinho tinha que ter pelo menos chances de disputar e o PRB tinha um compromisso. E aí, “a solução é você”. No primeiro dia foi sacrifício, no segundo dia foi missão de Deus. Eu estou alegre. Então o PRB veio porque o Amaro falou: “eu confio no Manato. Se o Manato falou, eu cumpro”. Três horas da manhã já estava a primeira ata a ser registrada no TRE. Demorei 15 segundos para escolher o vice. Quando terminou a reunião disse: “o vice é prerrogativa do governador”. Negócio de 10 partidos escolher meu vice? Vice tem que ser uma pessoa de confiança, que não tem vaidade, que não veio disputar cargo agora, que vai ser companheiro. De preferência que não é político. Liguei para o Rogério Zamperlini e falei: “você vai ser meu candidato a vice-governador”. Ele falou: “ok”.

Três partidos contra uma coligação com seis (Rose de Freitas a candidata) e outra com 18 (Renato Casagrande). Como competir?
A estratégia é mostrar quem é Manato. Mostrar que uma pizzaria, 18 partidos que pensam diferente, não estão juntos por ideologia. Estão juntos por achar que é o melhor pra eles, cada um já se assentou, cada um já tem o que vai fazer, cada um já tem aonde vai participar. Eles lotearam. Eles não discutiram o Estado do Espírito Santo. Em momento nenhum fizeram programa de Governo. Eles acomodaram todo mundo. Perguntaram como comportaria tanta gente, a fazenda do “Casão” é grande e todo mundo pode capinar. Manato não tem fazenda, nem sítio, tem um terreninho, mas quem foi capinar lá tem que ter competência para capinar.

Quem são seus vice e candidatos ao Senado?
O meu vice é um empresário do setor de autopeças que veio como caminhoneiro, do nada, que não vende para o Governo do Estado, ficha limpa, honesto, família e combate a corrupção. O meu senador foi escolhido o melhor senador do Brasil por voto popular: Magno Malta.

Seu nome foi envolvido na greve da PMES, como apoiador do movimento. Vai assinar a anistia dos militares?
A anistia criminal está na Câmara dos Deputados e vamos aprovar até o final do ano. Eu aprovei a urgência. Em 22 estados já virou lei. Por que o Espírito Santo não? Já a anistia administrativa, tem um órgão chamado Assembleia Legislativa, que aprovou um decreto para o governador da anistia administrativa, eles já aprovaram. Está na gaveta. Eu, como sou um democrata, vou respeitar a Assembleia, vou pegar o projeto da gaveta, como respeito a Ales, e no dia 2 vou assinar. É anistia administrativa, processinho administrativo. Não é a criminal, que está em Brasília e que vou fazer como deputado federal e governador eleito. Aí tem que aprovar no Senado depois, e Bolsonaro sanciona. Sancionaram de 22, por que não pode sancionar do Espírito Santo? Logicamente vou ser amigo da polícia, vou trata-la com respeito, e não como bandido, eu não quero ter policial amigo, quero ser amigo da polícia. Uma instituição que está desacreditada, desmotivada, que não tem vontade de ir para a rua, eu quero motivá-los a ir. Como comandante-geral não tenho interesse em indicar ninguém. Eles decidem quem é o melhor para o cargo. Os dois partidos que estão comigo não têm nenhum cargo, não prometi nenhum cargo. Senão não era candidato a governador. Se tivesse que dar um, já estava fora.

Toda indicação é uma troca?
Não vou falar, mas que tem uma negociação bacana tem. Você acha que quando indica um comandante, esse comandante não fica na mão do governador? Quando você pede um favor, você deve um favor. Aí a pessoa que você pediu o favor, vai cobrar.

O senhor tem indicação no governo Paulo Hartung?
Teve um carguinho, que é o Miro Vilarim, partidariamente pelo Solidariedade. Depois de um ano e três meses, o Miro, que é amigo do governador, ficou lá. Quando saí do Solidariedade, ele não veio pro PSL e a pedido do governador ele foi para o PTB. Foi um cargo partidário, de uns R$ 7 mil.

Como avalia o governo Paulo Hartung?
Quem foi um dos melhores governadores do Estado nesses últimos anos? Paulo César Hartung Gomes. Quem botou o ES com as contas em dia, paga os funcionários em dia, fez o ES crescer? Paulo Hartung. Quem está fazendo o ES estar entre os quatro melhores avaliados e está trazendo empresa? Paulo Hartung. Eu não estou contra ele. Agora, o jeito de Paulo Hartung administrar é dele. Eu tenho que respeitar, ele trouxe até aqui. As reformas que precisam vir para cá, o Foro de São Paulo vai pegar o que ele trouxe até aqui, que é o número “6”, e vai transforma em “meia dúzia”. Vai pegar o Escola Viva, que eu acho um programa muito bom e vai chamar de “Escola Alegre”. Com Manato vai ser Escola Viva. Podemos discutir com a sociedade e evoluir. Essa é a diferença. O que PH fez é o estilo dele, temos que respeitar, estamos em um Estado Democrático de Direito.

protesto_pmes_mulheres-217266Como avaliou as decisões do governador na crise da Segurança Pública?
As decisões que ele tomou foram do perfil dele e têm que ser respeitadas. Ele era o governador do Estado. E cada um tem o seu perfil. No dia 31 eu estava em Brasília. Fui para a minha eleição da mesa, fui eleito dia primeiro e fiquei até o dia nove. A greve foi no dia 3 para o dia 4. Então não estava no estado do Espírito Santo. Não participei de ato nenhum. Não apoiei, nem desapoiei. Zero. O que eu fiz? Falei que tinha um projeto que beneficiou 22 estados. Quando a greve estava para acabar eu disse que queria que os (militares) do meu estado entrassem nesse projeto. Foi a única participação que eu tive. Quiseram fazer uma associação pela minha ligação com Capitão Assumção e a ligação com Matias, que mexia na rede social. Eles têm CPF, eles respondem pelo processo deles. No dia 9 ou 10 o subtenente Gonzaga me ligou, e eu disse “eu vou lá negociar”. Ele pediu: “Você poderia pedir ao capitação Assunção e Matias ir lá também?”. Liguei pros dois e pedi para ir negociar. O Matias foi, o Assunção ficou mais alegre, foi para a 4ª Companhia, problema dele, está pagando o processo dele.

Bolsonaro também não teve nenhum tipo de ligação…
Zero. Vai se envolver com greve de polícia? Ele é maior do que isso. A greve é um problema deles. Agora, o projeto sendo voltado ele vai apoiar. Sem problema nenhum.

Estamos numa época em que o brasileiro está muito assustado com a insegurança. Você defende as mesmas bandeiras que Bolsonaro, como o armamento da população?
Defendo grande parte das ideias, umas até mais rigorosa. Defendo que todo o agricultor, todas as pessoas que têm sua casa possam ter uma arma dentro de casa. Defendo que a população possa ter uma arma dentro de casa. Temos que armar a população dentro de casa.

Bandido bom é bandido morto?
Não. Mas dentro da sua casa, se ele for te matar, aí é você ou ele. Entre você e ele eu prefiro você. Dentro da sua casa. Você acha que um bandido vai entrar três horas da manhã na sua casa para te dar um beijo, para fazer sexo com você? Sua casa é sagrada. Ninguém pode entrar na sua casa. A policial estava dentro de casa, o bandido entrou e ela pipocou o bandido. Ela tem que responder processo? Onde nós estamos? Isso não me convence. Sou contra isso. Tem que botar arma na casa do cidadão. Entrou na casa do cidadão com má intenção, acho que tem que “pipocar”. Atira primeiro e pergunta depois.

Então como vai combater as drogas?
Primeiro, melhorar a vigilância nas fronteiras. As BRs têm que ser mais vigiadas. Tem que criar uma polícia de fronteira. Tira um monte desses cargos comissionado e botar polícia de fronteira. Porque a droga não é plantada no Espírito Santo, não cai no ES. Segundo é uma inclusão social decente. Não é esse negócio de pintar Estado Presente. Nome maravilhoso, mas eu vou cuidar de gente, olhando no olho e perguntando: “o que eu posso te ajudar?”. Você sabe quantos campos de várzea tem? Tem mais de 1000 campos de várzea que a trava é um pedaço de pau e a escolinha tem um coletezinho de propaganda de supermercado rasgado. O meu projeto é pegar os campos de várzea, pegar igrejas que têm escolinha, pegar associações que têm escolinha e investir no campo de várzea. Vou pegar o presídio de baixa periculosidade, pegar o presídio que tem o semiaberto, parceria com a iniciativa privada, botar um monte de oficina para o preso trabalhar, dar dignidade ao preso, para produzir bola, chuteira, material esportivo, roupa, uniforme, trave… e espalhar para essas escolinhas todas de baixa renda. Todo mundo vai ganhar. Vou ao Judiciário e falar: “pena alternativa não é mais cesta básica”. Pena alternativa é material esportivo, vou ter a parceria deles. Quando mudar essa escolinha, vai sair da marginalidade. Como ele quer, ele tem que estudar. Se não trouxer o boletim com nota, ele não vai entrar. Aí ele vai estudar. E vou diminuir a miséria e a pobreza e dar mais dignidade e combater as drogas.

O que acha do projeto Ocupação Social?
Isso é para inglês ver. É para botar no papel e ficar fantasiando. Tem que fazer inclusão como vou fazer. Diferente. Não me pede para ficar fazendo projetinho só para dizer.

Quais são os seus projetos na área da saúde?
Vou criar a força tarefa da saúde. Minha profissão: médico. Vamos fazer dois mutirões por ano na urgência, em janeiro e julho. Vão pagar preço metade do mercado, metade do que o convênio paga, e vamos fazer um levantamento de todos que estão dentro das urgências e emergências, que precisam de ser operados, que não são operados e estão enchendo os leitos, e esvaziar a retaguarda toda. Vou comprar a cirurgia dos caras, para tirar todos dali. Daqui a seis meses está tudo cheio de novo. Aí faça outro mutirão e esvazio.

Quais as propostas na Mobilidade Urbana?
Eu vou pegar um estudo para implantar o aquaviário. Não estou dizendo que vou implantar. Estou falando que vou contratar estudo para ver se dá para implantar. Contratar estudo para ver o BRT porque já tem um projeto que contratado por R$ 12 milhões, mas como tem que decidir o sexo dos anjos, não decidiram ainda, para tentarmos fazer a mobilidade. Fazer parceiras com as prefeituras porque acho que para montar o BRT tem que ter parceira com a prefeitura para desapropriar e criar mais uma faixa. Esse negócio de pegando uma faixa, diminuindo de três para duas para botar o BRT não acho que é viável. Acho que tem que diminuir calçada, diminuir canteiros, diminuir alguma coisa, desapropriar, crescer e implantar um projeto sério.

Qual a importância das prefeituras nos projetos?
Tenho que trabalhar com elas. Um projeto são as câmeras. Se não tiver dinheiro vamos fazer meio a meio. Vou criar a casa do prefeito e vereador. Vou pegar o Crea, eles têm um monte de projetos. Vou fazer uma parceria com eles. Eles querem fazer obras, vão dar para a casa do vereador três plantas de quadras, três plantas de ginásio, três plantas de Unidade de Saúde, três plantas de creches, três plantas de praças e outras coisas e vou ter pronto tudo direitinho. Aí vai lá na casa do prefeito, diz que não tem dinheiro, mas tem o terreno, está lá o projeto e vai lá em Brasília buscar o dinheiro com o deputado federal, com o deputado estadual com dinheiro dos royalties. Esse é o beabá de um cara que pensa o Estado, que quer resolver o problema, que quer cuidar do Estado.

escola_viva-207024Qual é a sua principal proposta na área de educação?
A principal é continuar o projeto Escola Viva, com necessidade de aprofundamento se tiver. Vamos abrir uma grande linha de crédito para investir na qualificação do profissional da educação, no professor, dar condições de ele fazer curso, reciclar, dar condições de trabalho, de melhorar e disciplina moral e cívica nas escolas, que cante o hino nacional nas escolas toda a semana, que você seja patriota. Chamar os professores e perguntar o que está ruim. Todo mundo está defasado, e o que eu quero fazer é repor a inflação. Não quero deixar um real para trás no meu governo, não quero e não vou deixar. De abrir as contas e ser transparente, contem com Manato.

Como fazer para manter o desenvolvimento econômico?
Seguir o que está aí do governador e não aumentar impostos. Facilitar os órgãos do Estado a liberar todas as licenças, tipo ambiental, facilitar abertura de micro e pequenas empresas, abrir linhas de crédito junto com Bandes e Banestes, principalmente para pequeno e médio empresário e agricultura familiar. E não atrapalhar o empresário. E tentar trabalhar a infraestrutura. Os portos já estão, a maioria, privatizados, que as licenças parecem uma novela mexicana. Tem que facilitar.

E no meio ambiente?
Temos que facilitar a construção de barragem, temos que plantar água e cuidar do solo na agricultura. Fazer barragem, melhorar as nascentes. Tem que facilitar. O cara faz uma represa, é bandido, é preso. Vamos pegar o órgão público, vai lá, facilita, vê o que pode fazer para preservar o meio ambiente. E cuidar do solo para o agricultor produzir. Melhorar as estradas vicinais, vamos trabalhar e ver o que podemos fazer para levar a internet para lá, a telefonia rural. Dar dignidade ao homem do campo.

E cultura, é importante?
Muito importante, junto com o turismo. Cultura e turismo são importantes juntos. Um está ligado ao outro. Temos que incentivar a cultura local, incentivar contratação dos artistas locais. Temos que incentivar, junto com o turismo, o congo, a Festa da Polenta, os festivais de inverno, o boi de Iúna, em São José do Calçado, em Mimoso, Muqui. Temos que investir nessas áreas. Estimular o Convention Bureau, para divulgar o turismo fora do estado.

Quanto você tem para a sua campanha?
No máximo R$ 500 mil, do fundo partidário. Minha campanha está orçada em R$ 1,5 milhão. O resto eu vou botar. A gente espera que o Bolsonaro possa arrumar alguma coisa, que os meus amigos comecem a acreditar e façam algumas doações dentro da legalidade e da moralidade. Tenho alguns amigos que não iriam me dar para deputado federal, mas para governador iriam me dar R$ 3 mil, R$ 5 mil. Minha mãe vai me dar R$ 10 mil, já falou. Tudo legalizado, transferido. Tem alguns médicos que são meus sócios que vão fazer algumas doações de R$ 1.000, R$ 2 mil. Estou contando com isso. Só peço ao povo capixaba uma oportunidade para ser governador. O Foro de São Paulo já teve oportunidade. Agora é minha vez de ter essa oportunidade.

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