Em discurso que não chegou a completar 3 minutos, o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), falou pela primeira vez sobre a derrota nas urnas em segundo turno no último domingo (30). O liberal perdeu para Lula da Silva (PT), que recebeu 50,90% dos votos (60.345.999), enquanto Bolsonaro obteve uma votação de 49,10% (58.206.354).
Após das 16 horas, em Brasília, Bolsonaro agradeceu os 58 milhões de votos e os atuais movimentos populares após a decisão das urnas. Desde a noite de domingo (30) movimentos populares, contando com caminhoneiros, motoqueiros e outros contrários a derrota de Bolsonaro. “Os movimentos populares são fruto da indignação de sentimento e injustiça de como se deu o processo eleitoral”.
A fala foi curta e não demonstrou apoio aos movimentos, que fecham vias em todos os estados brasileiros. “Manifestações pacíficas sempre são bem vidas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e o cerceamento do direito de ir e vir”.
Em tom de revolta com a decisão, disse que a força política que ele faz parte, a direita, é uma nova realidade, destacou o presidente. “A direita surgiu, de verdade, em nosso país, nossa robusta representatividade no Congresso mostra a força de nossos valores, Deus, pátria, família e liberdade. Formamos diversas lideranças no Brasil, e nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e progresso”, discursou brevemente.
Para finalizar o presidente não reeleito disse que sempre respeitou a Constituição e que agora não será diferente. Isso, contudo, sem dizer que respeitava a decisão das eleições ou o nome do candidato que o derrotou, Lula da Silva. “Mesmo enfrentando o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra, sempre fui rotulado como antidemocrático, e, ao contrário de meus acusadores, mas sempre joguei dentro das 4 linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente e cidadão continuarei seguindo todos os mandamentos da constituição. É uma honra ser um líder de milhões de brasileiros que defende a liberdade da economia, religiosa, de opinião, a honestidade, e as cores verde a amarela da nossa bandeira”, encerrou.
Em seguida Ciro Nogueiro, Ministro da Casa Civil, disse que a transição já será iniciada do atual governo, para a equipe do petista. “Bolsonaro me autorizou, quando for provocado com base na Lei, iniciaremos a transição. A presidente do PT, em nome de Lula, disse que, na quinta, será formalizado o nome de Alckmin. Aguardaremos para cumprir a Lei”.-
