A filiação da ex-deputada federal Soraya Manato ao Progressistas, em 11 de abril deste ano respeitou os prazos eleitorais de 2024, mas o projeto não é para agora. De acordo com o esposo da ex-parlamentar, o também ex-deputado federal Carlos Manato (PL), ter a ficha no PP é uma segurança para disputa em 2026, quando Soraya, que é médica, quer voltar à Câmara dos Deputados, em Brasília.
Deputada de um mandato, a doutora Soraya não foi reeleita por falta de legenda. Ela obteve maior votação que pelo menos 4 eleitos na bancada federal, sendo a escolha de 59.988 eleitores no pleito de 2022.
A filiação ao PTB nas eleições passadas pode ser considerada a única opção para se manter ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro de quem sempre foi parte da base durante a gestão 2019/2022. Junto com Manato e Bolsonaro, Soraya chegou à Brasília pelo PSL, que ao se unir ao Democratas, se tornou União Brasil.
Para disputar a reeleição e estar no mesmo bloco do espectro político da direita, as opções era poucas, principalmente das siglas que se apresentam com “verdadeiramente conservadora”. Pelo PL, o senador Magno Malta inviabilizou. Naquele momento, segundo Carlos Manato, o Progressistas também não facilitou – e estava junto com Casagrande, que disputava com o marido da ex-deputado o Governo do Espírito Santo – e o Republicanos não tinha espaço.
O PP, em 2024, em Vitória, domicílio eleitoral do casal Manato, está com o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) e tem o poder de decisão sobre a vaga de vice na disputa da capital. Mesmo sendo uma das cotadas, a médica não está à disposição do projeto. Ela quer voltar à Brasília.
“Esse ano ela não disputa, mas quisemos a filiação ao PP, porque, junto com PL e Republicanos, é a sigla mais à direita, como nós. Mais ligada ao bolsonarismo. Acredito que o PP é ligado a Bolsonaro como o PL e o Republicanos”, afirmou Manato. E completou: “Não esperamos mais à frente para não dizerem que ela se filiou depois e nem ter dificuldade lá na frente”, finalizou.
