Suplentes de vereadores de Bom Jesus do Norte, no sul do Espírito Santo, conseguiram na Justiça Eleitoral a anulação dos votos da metade dos titulares das vagas. A denúncia acatada pelo TRE-ES é de que as coligações teriam inscritos “candidaturas-laranja” apenas para cumprir a cota de gênero, que estabelece que a coligação respeite a cota de 30% nas chapas proporcionais.
A denúncia atinge, até, o presidente do Legislativo municipal, Camilo da Auto-Escola (PTN). Alexander de Souza Prepeta, conhecido como Xandão Mudanças (PSD), Pedro Gomes da Silva (Podemos, antigo PTN), João Batista de Oliveira Alves (PSDC) e Charles Carlos Diniz Vieira (PSDC) foram alvos de uma denúncia na Justiça.
Os vereadores cassados foram eleitos em três coligações que não teriam respeitado a legislação eleitoral: Charles Diniz, que é vice-presidente da Casa, e Joãozinho da JB Móveis, foram eleitos na coligação PSDC e PEN.
A coligação PSD, PP, PV, PTN elegeu três vereadores: Camilo da Auto Escola, Pedrinho enfermeiro e Xandão Mudanças. Já a coligação PSDB, PRP e PSB elegeu outros três vereadores: Fernando Broa, Romeu da Auto Escola e Aquiles Zanon.
O caso não é isolado. Em vários estados, a discussão sobre a fraude eleitoral, com a “inclusão de fachada” de mulheres na chapa para obedecer a cota imposta pela Justiça eleitoral, tem causado consequenciais judiciais.
Até dezembro de 2016, o Tribunal Superior Eleitoral havia apurado 16.131 candidatos que terminaram a eleição municipal sem ter recebido sequer um voto. O levantamento mostrou também que o número de mulheres nessa condição era muito superior ao de homens: 14.417 candidatas contra 1.714 candidatos, quase nove mulheres para cada homem.
Eleição que se ganha de qualquer maneira,o resultado pode não ser o esperado. Parabéns a justiça eleitoral.
Ass: Ex Vereador Quintaozinho …Bom Jesus do Norte és.
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