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Pai e padrasto são presos por abuso sexual na Grande Vitória

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), prendeu dois homens na Grande Vitória acusados de abusos sexuais. As vítimas são filha e enteada dos envolvidos.

As prisões aconteceram dia 4 de maio. O primeiro caso envolve um homem de 32 anos, investigado por abusar sexualmente da própria filha, manter relação sexual com uma adolescente e ainda gravar os abusos. Ele também é investigado por fazer com que a adolescente abortasse a criança.

A titular da Delegacia de Proteção à Criança e do Adolescente (DPCA), Thais Cruz, explicou como a polícia chegou até o acusado. “Recebemos uma denúncia anônima de um conteúdo pornográfico, envolvendo uma criança de três anos, que estava sendo abusada pelo próprio pai e vídeos sexuais dele com uma adolescente de 14 anos. Imediatamente, tomamos as medidas para localizar e identificar o abusador. Leonardo Vana,  também da DPCA, assumiu o caso em Vila velha, local onde os abusos aconteciam, e conseguimos prendê-lo no sábado (4) ”.

Segundo Vanaz, o homem tinha imagens cometendo os abusos. “Soubemos que esses abusos geraram uma gravidez e que o mesmo teria obrigado a adolescente a abortar. Através da denúncia soubemos também de que ele tinha imagens da filha desde 2019, quando a menina tinha 3 anos, hoje ela tem 8 anos. Identificamos o investigado e as vítimas e solicitamos a prisão preventiva e mandado de busca e apreensão dos endereços do investigado. No sábado fomos a três endereços dele e apreendemos celular, pendrive, notebook e computador. O próximo passo é periciar os aparelhos para identificar possíveis outros crimes, considerando que ele tem material pornográfico desde 2019”.

O delegado afirma que todas as imagens chegaram por denúncia anônima. “Os arquivos encontrados no aparelho são de 2019 e, quando cumprimos a prisão, tivemos a informação que a vítima ainda morava com o pai. A produção de vídeo ou qualquer imagem que aprece criança ou adolescente é crime”, afirmu.

Vítima embriaga e abusada

O outro preso é um homem de 42 anos. Aproveitando que a esposa trabalha a noite, ele deu bebida alcóolica a enteada, de 14 anos, e a abusou dela. “Esse caso aconteceu em Cariacica. O padrasto ficava em casa sozinho com a enteada, enquanto a esposa trabalhava. Nesse dia, ele aproveitou que estavam a sós e deu bebida alcoólica para a enteada. Quando percebeu que ela havia ficado tonta, abusou dela. Quando a mãe chegou do trabalho, pela manhã, a filha contou tudo, o abusador negou, mas a mãe acreditou na filha, porque ele já teria feito a mesma coisa com ela. A mãe da vítima nos contou que quando tomava medicação para dormir, o marido mantinha relações sexuais com ela dormindo. Ele foi preso nesta terça-feira (7) ”.

Maio Laranja

O mês de maio é dedicado ao combate ao abuso e à exploração sexual infantil. Para o delegado Leonardo Vanaz, esses casos mostram a importância da campanha. “ O primeiro caso ele veio num momento importante para conscientizar as pessoas. Se tem conhecimento de que alguma criança, adolescente e sabe de algum vídeo, em qualquer situação, denuncie porque esse caso será investigado pela DPCA como aconteceu. Muitos desses crimes acontecem dentro do ambiente familiar e não chegam até a polícia, daí a importância de fazer a denúncia”.

A delegada Gabriella Zaché faz parte da equipe DPCA e destacou que não denunciar é crime. “A lei Henry Borel nº 14.344 de 2022 traz o dever de comunicação da sociedade em relação a abusos que podem ocorrer a crianças e adolescentes. A omissão passa a ser crime. Se alguém sabe e não fala nada, está cometendo um crime. A pena para esse tipo de conduta é de até três anos”.

O Delegado-geral José Darcy Arruda faz um alerta para os pais ou responsáveis. “Temos que observar o comportamento das crianças, se estão muito quietas, se o comportamento mudou. Mesmo que a pessoa que comete esse crime leve ela para um mundo de fantasia, ela vai relatar o que aconteceu. Temos na DPCA profissionais capacitados para realizar essas investigações. Se souber de alguma coisa, ligue 181. As vezes a família está ameaçada, mas tem um vizinho que sabe, que vê e pode denunciar. São situações que abominamos, assim como toda a sociedade, mas os dois estão presos”.

 

 

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