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Homem é preso no ES por violentar vizinhos; polícia contou mais de 100 abusos

Um homem de 42 anos está preso por abusar de dois vizinhos, um de 14 e outro de 16. Ele ainda filmava os crimes e produzia conteúdos de exploração sexual infantil. Segundo a Polícia Civil, os dois podem ter sido violentados mais de cem vezes.

A investigação é da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC). O caso aconteceu em Vila Velha. Inicialmente, foi dito que o adolescente de 16 anos é sobrinho do homem, mas não é.

Segundo o titular da DRCC, delegado Brenno Andrade, o caso chegou pelo Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC), que recebe denúncias de grandes empresas sobre abuso sexual infantil, entre elas o Google.

O NCMEC faz a distribuição mundial dessas denúncias. No Brasil quem recebe primeiro é a Polícia Federal (PF), que repassa aos respectivos estados. Os dados chegam brutos, sem nomes, e foi preciso, primeiro, identificar e depois localizar esse suspeito.

A investigação começou em março. O suspeito é um homem de Brasília. Inicialmente, a apurou que ele estaria armazenando material de abuso sexual infantil, mas descobriu que ele também produzia.

A polícia, o homem se disse aposentado pelo INSS, mas não informou o motivo. Alegou questões de saúde mental, porém não apresentou laudo. “Ele foi identificado e nós fizemos busca e apreensão na casa dele. Tivemos êxito em localizar, no momento, imagens de abuso e exploração no celular dele, sendo dada voz de prisão em flagrante pelo artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente”, explicou o delegado.

Segundo o delegado, quando a polícia chegou, o homem demorou a abrir a porta e foi preciso arrombar. Quando os policiais entraram, ele estava mexendo no celular, possivelmente tentando apagar provas, mas não conseguiu.

“Ao receber voz de prisão em flagrante, ele começou a olhar para os lados tentando fugir ou atentar contra os policiais. Ele foi algemado, a fim de preservar a integridade física dos policiais e a dele mesmo”.

Com o homem havia material armazenado, muitos deles sobre uma das vítimas. Ele afirmou que não vendia, mas a polícia vai analisar transferências bancária.

Os crimes

O homem tinha dois vídeo games e um computador em casa. Ele jogava pela internet, usando o Discord e, dessa forma, atraia as vítimas para a casa dele. Dessa forma, se aproveita da situação e começava a assediar os menores.

A polícia quer saber se o chat do Discord era usado para atrair as vítimas. “Ele falou que não abusava, mas as vítimas confessaram. Ele mentiu e omitiu algumas situações, que precisamos comprovar”, afirmou o delegado.

As vítimas disseram, em depoimento, que iam a casa do homem uma vez por mês, mas a polícia já sabe essas idas aconteciam todos os fins de semana e até no meio de semana.

O menino de 16 anos começou a ser abusado aos 11. Ele foi ouvido e confirmou os crimes. No caso dele, a polícia contabilizou 70 abusos. Já a outra vítima, 14, pode ter sido abusada mais de 30 vezes, mas afirmou que não se sentia violentada e, por esse motivo, o crime pode não configurar estupro de vulnerável.

“Depois de um tempo, aquele menor nem entendia mais o que acontecia, pra ele era “natural”, porque começou aos 11 anos (…) E, se considerar os dois, fizemos a conta, são mais de 100 abusos”, afirmou o delegado.

A mãe da vítima de 16 anos será investigada porque a polícia estranhou o comportamento dela em relação ao crime. “Achamos ela muito indiferente. O homem é de Brasília, não tem parentes ou amigos aqui e a única pessoa a quem ele poderia comunicar a prisão e falar sobre a casa dele, que está sozinha, é a mãe desse menor de 16 anos, e ela se mostrou muito solicita em ajudar. Estranhamos o comportamento dela e queremos entender até que ponto ela foi conivente com essa situação”.

A polícia voltou alertar que a famílias têm que acompanhar situações assim. “Estou aqui há seis anos falando isso. As pessoas continuam dizendo que tem muito. Infelizmente sim e não vai parar”, disse Brenno.

A investigação continua para saber se há outras vítimas do homem. Ele segue preso e não terá direito a fiança porque uma mudança lei agora classifica que o crime previsto no artigo 241-B é hediondo.

 

 

 

 

 

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