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PCV, de “Beto” e “Marujo”, tem ligação com o Comando Vermelho

O Primeiro Comando de Vitória (PCV), facção criminosa do Bairro da Penha, em Vitória, liderada por Carlos Alberto Furtado da Silva, o “Beto”, e Fernando Moraes Pereira Pimenta, o “Marujo”, tem ligação com o Comando Vermelho (CV), do Rio, alvo de uma Operação da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (19).

É que mostra a investigação que deu base a prisão de “Marujo” no dia 8 de março. Em mensagem enviada a Fernando Moraes no ano de, 2019, “Beto” afirmou ter relações criminosas com a facção Comando Vermelho.

“Parceiro, já estou fazendo corre pra poder sair daqui, já arrumei a casa lá no Rio de Janeiro, para ir para Bangu. Agora eu preciso dar uma ideia 1000°, meu parceiro. Você está ligado que nós fazemos transação com qualquer facção, não temos problema com ninguém, que a mídia fique em cima falando toda hora que eu sou do PCC. Mas é
mentira, porque eu tenho a camisa do PCV, mas eu não fecho com PCC, porque eles falam que eu sou é aliado ao PCC. Mas eu fecho com o CV”, afirmou

Essa e outras mensagens chegavam intermediadas por advogados, uma outra linha da investigação que virou a Operação “Armistício” e teve a prisão de nove advogados. Na época dos diálogos, “Beto” estava preso na Segurança Máxima II (PSMA II), em Viana, onde, atualmente, está “Marujo”.

Após a descoberta dos diálogos, “Beto” foi transferido para um presídio federal no Norte, onde permanece até hoje. Um outro traficante que mantinha importantes contatos com o CV é Tobias Claudino Nascimento, o “tomate” ou “paizão”.

Tobias foi preso em 2016 em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Ele é apontado como chefe do PCV em Cariacica e também tinha ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). “Beto, “Marujo”, “Tomate” e mais 37 pessoas, totalizando 40, são os principais investigados do PCV.

Proteção no RJ

Em novembro de 2023, o então secretário estadual de segurança pública, Alexandre Ramalho, falou sobre os contatos e ramificações que o PCV e o Terceiro Comando Puro (TCP), facção rival liderada por Luan Gomes Faria, o “Luan Vera”, também preso, tem no Rio de Janeiro.

“Para haver esse ramo de negócios ilegais, eles vendem armas e drogas e dão proteção no Rio de Janeiro. Luan, Gabriel Gomes Faria, irmão dele, “Marujo” e vários do Brasil foram se refugiar lá”, explicou.

“Marujo”, por exemplo, se escondia no Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, onde o domínio do tráfico é do Comando Vermelho, segundo o serviço de inteligência do Batalhão de Operações Especiais (BOPE).

Os “irmãos Vera” também estavam no Rio de Janeiro. Gabriel Gomes Faria, o “Buti”, veio pessoalmente de lá coordenar ataques ao Bairro da Penha e uma noite no Itararé, quando estava pronto para agir, foi preso com mais duas pessoas. Com o irmão preso, Luan Gomes Faria veio do RJ, mas também acabou pego.

Na ocasião, Ramalho também disse que o Pará e outros estados estavam fazendo operações no Rio de Janeiro, em acordo com as policias civil e militar de lá, resultando em prisões qualificadas. Não é diferente com o Espírito Santo.

“O STF limitou as operações da polícia no Rio de Janeiro e, com isso, algumas comunidades ficaram atrativas para criminosos de outros estados. O meio de pagar o aluguel é eles comprarem armas e drogas lá. O negócio gira ai. PCC e Comando Vermelho não tem interesse em vir guerrear aqui. Essa guerra é organizada e protagonizada por criminosos do Espírito Santo. Eles estão cada vez mais armados, buscando mais armas de fogo”, disse, citando a guerra entre PCV e TCP que resultou em vários tiroteios nos últimos meses.

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