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“Ele controlava toda a vida dela”, diz delegada

Nesta quinta-feira (18), a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) relataram o desfecho de uma intensa investigação que resultou na prisão de Cleilton Santana dos Santos, 27 anos, suspeito de assassinar a enfermeira Íris Rocha, 30 anos. A ação foi conduzida pela Delegacia de Polícia (DP) de Alfredo Chaves.

A investigação revelou um relacionamento abusivo e possessivo, no qual o suspeito controlava todos os aspectos da vida da vítima. A delegada Maria da Glória, titular da DP de Alfredo Chaves, explicou que Cleilton vigiava todos os passos da ex-namorada.

“Toda a prova técnica que a gente tem na polícia leva a crer que o autor realmente é o ex-namorado dela. […] Ele controlava toda a vida dela, de passar dias, passar horas durante o dia, lá do lado de fora do local de trabalho dela, na UFES, e o telefone dela ficava com ele”, afirmou a delegada.

A prisão ocorreu nesta quinta-feira (18), quando o suspeito estava em carro com seu advogado e foram abordados pela Polícia Rodoviária Federal, em Viana. A delegada Maria da Glória ressaltou a importância de amigos e familiares denunciarem casos de abuso e agressão.

“Os amigos, familiares que estão ao redor, denunciem profundamente para que nós possamos intervir em tempo real e evitar novos casos como o que aconteceu lamentavelmente com a Íris”, pediu.

O delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda, detalhou o trabalho de monitoramento que levou à prisão do suspeito. “Começamos a monitorá-lo, a trabalhar essa informação e hoje, uma parte da tarde, nós conseguimos prendê-lo. E agora encontra-se preso, e esperamos que ele vá à raiz da justiça e responda pelo crime bárbaro que cometeu”, afirmou Arruda.

"Ele controlava toda a vida dela", diz delegada
Membros da Sesp durante coletiva – Foto: divulgação/Sesp

Falso PM

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, Alexandre Ramalho, afirmou que o suspeito negou o crime. Cleilton fingia para Íris que era policial militar. Ramalho declarou que isso nunca foi verdade.

“É importante registrar também para a imprensa, para toda a sociedade capixaba, a irresponsabilidade de algumas pessoas que apontaram que esse indivíduo era policial militar. Isso não se configura, isso não é verdade, nunca esteve nas fileiras da corporação da Polícia Militar”, comentou.

Crimes

Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), o suspeito vai responder por três diferentes crimes, sendo eles: ocultação de cadáver, feminicídio e aborto, este último porque Íris estava grávida de oito meses.

Entenda o caso

Íris Rocha de Souza, de 30 anos, grávida de 8 meses, foi encontrada morta às margens de uma estrada na localidade de Iracema, em Alfredo Chaves, Região Serrana do Espírito Santo.

Segundo a Polícia Militar, o corpo foi encontrado por volta das 11h40 da última quinta-feira (11, coberto com cal. A estrada onde o corpo de Íris estava liga Matilde a São Bento de Ucrânia.

Íris foi velada e enterrada na última terça-feira (16) no cemitério Jardim da Paz, na Serra. Ela deixou um filho de 8 anos. A enfermeira se formou na Ufes e era mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas.

A enfermeira era coordenadora, no Hospital das Clínicas (Hucam-Ufes) de Vitória, de um estudo nacional sobre cardiologia. O CV-GENES avalia o impacto da base genética como fator de risco para Doença Cardiovascular Aterosclerótica (ASCVD).

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