Úrsula Ribeiro
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Já está em prisão capixaba Ademir Lúcio Ferreira, 55, acusado de sequestrar e matar a menina Thayná de Jesus, 12 anos. O crime aconteceu em 17 de outubro e o corpo da menina pode ter sido encontrado na última sexta-feira (10), em brejo, localizado em Viana. A confirmação de que o material humano é de Thayná depende de resultado de exame de DNA.
Ademir foi preso em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na segunda-feira (13), e apresentado pela polícia do Espírito Santo na manhã desta terça-feira (14). Segundo o delegado-chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), José Lopes, o acusado é um criminoso astuto, e que no tempo em que esteve foragido acompanhou todo caso pelas redes sociais. O que facilitou obter informações sobre o que estava acontecendo, e tentar montar sua versão dos fatos.
“Ele é um artista, tem uma mente muito criativa, ele quis de todo jeito nos convencer de que foi Tayná quem teria o seduzido. Depois afirmou que a menina teria corrido dele, próximo a logoa e acabou caindo e se afogou”. José Lopes disse ainda que, Ademir foi conduzido para o centro de triagem, em Viana. Informou que foi recolhido o material de Clemilda de Jesus, mãe de Thayná, para que seja feito o exame de DNA, que irá comprovar se os ossos encontrados são da menina.
O acusado permaneceu todo tempo com a cabeça baixa, e ficou calado quando questionado sobre o que havia acontecido no dia em que Thayná entrou no carro dele. Ademir, no entanto, garante que não matou a criança, mas que ela se afogou na lagoa, sozinha. “Não vou falar nada aqui, só falo em Juízo, não tenho que dar satisfação à sociedade. Só falo com a justiça”, afirmou Ademir.
À polícia em seu primeiro depoimento, o homem disse que nunca usou arma de fogo, mas que sua mente é sua arma. “Ele tem uma mente muito criativa. Já veio com a história dele montada. Diz que a menina o seduziu, depois contou a versão do acidente, que ela teria caído na lagoa. Era esse tipo de ser humano que a gente estava caçando e que a gente conseguiu prender”, afirmou Lopes.
Segundo Lopes, Ademir foi ouvido por mais de três horas e, durante o depoimento, entrou em contradição diversas vezes. As informações sobre o processo de investigação seguem em sigilo, destacou Lopes.