A greve geral dos servidores de Ibatiba, no sul do Espírito Santo, chegou aos 52 dias nesta quarta-feira (12) sem previsão de término. Desde o dia 23 de julho, 350 trabalhadores que aderiram ao movimento estão parados. A medida atinge especialmente as escolas e as consultas médicas com horário marcado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Edson Saloto, a pauta cobrada pelos funcionários envolve direitos básicos previstos na Constituição, como a reposição da perda inflacionária do ano passado, que está prevista na Constituição e a aplicação do Piso nacional do Magistério. “Os professores do município recebem 18% a menos do que o previsto em lei”, conta Edson.
Segundo Edson, os serviços de urgência e emergência do município continuam funcionando normalmente, como a sala de vacinas e o pronto-socorro. No entanto, a paralisação dos servidores vem gerando prejuízos que ultrapassam o trabalho público. “Como alguns alunos ainda estão em aula, o transporte escolar continua circulando, mesmo vazio. Além disso, as famílias de produtores rurais que entregam merenda nas escolas estão sem trabalhar e pais não têm creches para deixar os filhos”, lamentou o presidente.
Posicionamento da Prefeitura
Sobre a greve e a situação atual do município, a Prefeitura de Ibatiba se posicionou por nota que segue abaixo, na íntegra:
“Informamos que sempre mantivemos um canal de diálogo com o Sindicato dos Servidores Públicos de Ibatiba – SINDISPUMIES, antes e durante o movimento grevista, buscando dentro das possibilidades fiscais e orçamentárias do Município atender os pleitos formulados pelo sindicato, sem acarretar em situações como se tem visto Brasil a fora de municípios e Estados com as contas estouradas.
Destacamos ainda que diversas reuniões foram realizadas na Câmara Municipal, Prefeitura , Ministério Público e Fórum de Ibatiba, garantindo um diálogo permanente, inclusive, através de diversos documentos emitidos ao Sindicato. E ainda informamos que o Poder Executivo elaborou consulta ao Tribunal de Contas sobre os pleitos dos servidores e aguarda pronúncia do órgão de controle.”