Servidores CLT do Hospital Universitário Cassiano de Moraes (Hucam) entre eles médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e administrativos, estão em greve a partir desta quinta-feira (2), por tempo indeterminado.
Segundo André Santos, diretor de negociação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), a principal reinvindicação a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pela administração do Hucam e de outros 40 Hospitais Universitários no país, é financeira.
A Ebserh, afirma o diretor, reconhece uma defasagem salarial de 14,7%, mas, mesmo assim, apresentou proposta de apenas 2,15% aos trabalhadores. “Uma vergonha. Para se ter ideia, essa porcentagem em cima do auxilio alimentação representa apenas R$ 14. Então, os trabalhadores, diante do que está posta, aprovaram uma greve geral dos servidores da Ebserh”.
Além disso, André afirma que a Ebserh não estaria se comprometendo no avanço de pautas sociais significativas para os trabalhadores. “A decisão é decorrente de assédios, sobrecargas de trabalho, adoecimentos psicológicos. Os trabalhadores que estão cuidando da saúde da população infelizmente estão tendo a própria saúde agravada”.
A Ebserh divulgou uma nota sobre a situação. Veja na íntegra:
“O Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, integrante da Rede Ebserh, informa que não foi detectada nesta quinta-feira (02/05), até o momento, paralisação de empregados públicos em decorrência de movimento grevista anunciado durante a semana por instituições sindicais.
A Ebserh informa que os representantes dos empregados na Mesa Nacional de Negociação Permanente – MNNP rejeitaram as cláusulas sociais e econômicas propostas pela empresa, na última terça-feira (30), e mantiveram o indicativo de greve, mesmo com a disposição da Ebserh em manter o diálogo aberto com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) e com a categoria em busca de melhores parâmetros.
Diante desse cenário, a Ebserh ingressou com pedido de mediação e conciliação pré-processual perante o Tribunal Superior do Trabalho (TST), requerendo que seja designada com brevidade audiência para dar continuidade à negociação entre a empresa e as entidades representativas dos trabalhadores.”